quarta-feira, 05 março 2014 15:21

Troika e Governo insistem em despedimentos individuais-flexi

Foto Paulete Matos

Enquanto que Bruxelas vai avisando que a austeridade e os cortes são para continuar, mesmo depois de Maio do “pós-troika”, para cumprirem o défice imposto para 2014, têm de cortar mais de 4,1 mil milhões € e já vão avisando que é necessário mais de 2 mil milhões de € para se cumprir o défice de 2,5% em 2015. Artigo de José Casimiro.

Nesta estratégia austeritária de diminuir o peso do trabalho na sociedade e os seus custos, rebaixa-se salários diretos e indiretos, embaratece-se os despedimentos, precariza-se e empobrece-se o trabalho.

 

 Nesta agenda ideológica contra o trabalho continua-se a desequilibrar a relação de forças cada vez mais a favor das empresas e do patronato. As alterações ao Código de Trabalho de 2012 vêm nesta senda e segundo o “Observatório sobre Crises e Alternativas” houve uma transferência do trabalho para o capital de 725 milhões € enquanto as empresas pouparam ou deixaram de pagar aos trabalhadores até 2,2 mil milhões €..

 

Por recurso do Bloco de Esquerda e o PCP veio o tribunal constitucional a chumbar normas de enorme importância, como os “critérios para despedir” e o “posto de trabalho compatível” ao trabalhador, voltando agora o governo a tentar “corrigir” as normas consideradas inconstitucionais do Código do Trabalho onde passa a ser cinco os novos critérios de escolha num despedimento por extinção de posto de trabalho. Os critérios seguem uma hierarquia e a avaliação de desempenho surge no topo da lista.

Os cinco critérios são 1. Pior avaliação do desempenho; 2. Menores habilitações; 3. Maior onerosidade do vínculo laboral; 4. Menor experiência profissional; 5. Menor antiguidade na empresa

A avaliação do desempenho passa a ser o principal critério de despedimento, seguindo-se as habilitações, a onerosidade do vínculo laboral, a experiência profissional e a antiguidade na empresa. 

Relembre-se que actualmente, num despedimento por extinção de posto de trabalho, os trabalhadores com menor antiguidade são os primeiros a serem escolhidos. 

A subjetividade e a ambiguidade marcam esta nova proposta do governo, amiga das empresas e do patronato, mas que por certo terá do tribunal constitucional a mesma resposta – o seu chumbo -.

Em agenda, nova ofensiva contra o trabalho se anuncia, como o aprofundamento das dificuldades de recurso para os tribunais em caso de despedimento, contratação coletiva, entre outras.

Uma agenda que tem de ter uma resposta forte de luta da sociedade.

Partilhar


Manifesto eleitoral

manifestoeleitoral2025

Notícias

esquerdanetlogo

Grupo Parlamentar

Grupo Parlamentar Bloco de Esquerda

Adere

adere

Banner site e header email convencao v1 Banner bloco.org 1

BANNER CONFERENCIA 2022

resolucoes

 

videos bloco

 

tempos antena

Pão e Cravos

Pao Cravos WebA Instagram