quarta-feira, 05 fevereiro 2014 17:46

Estaleiros de Viana: Ponto assente e estupefação

Manif contra o despedimento dos trabalhadores dos Estaleiros de Viana do Castelo

Estupefação foi como todos ficamos quando no passado dia 29 de Janeiro os dirigentes da União de Sindicatos de Viana do Castelo atiraram em direto e ao vivo a “toalha ao chão” à saída duma reunião com o ministro que tudo apostou na subconcessão dos ENVC a uma empresa (a Martifer), que até ao dia anterior afirmavam ser altamente deficitária e não ter condições financeiras para garantir o futuro dos Estaleiros.

Depois de tanta luta, a pergunta que se faz é: - O que mudou para assumirem a extinção da empresa pública como “ponto assente” afirmando que “a verdade é que não conseguimos ganhar a guerra, ganhamos algumas batalhas e neste momento é uma página que está virada”.

Esta posição, utilizando a mesma linguagem bélica, significa a rendição incondicional ao inimigo.

Mais estranho se tornam estas posições, porquanto a Comissão de Trabalhadores no dia anterior em Bruxelas, a convite de Marisa Matias (BE) e João Ferreira (PCP) eurodeputados da Esquerda Europeia (GUE/NGL), contava a história do desmantelamento da empresa e afirmava que a mesma “é viável e além disso estratégica para Portugal não só pela sua localização mas também pelo desenvolvimento do Canal do Panamá”.

Perante esta evidente contradição de posicionamentos entre as estruturas que representam os trabalhadores, o que se espera é que a luta e a solidariedade sejam ponto assente e sigam na defesa dos postos de trabalho e direitos dos trabalhadores. 

Ponto assente é que a construção dos dois navios asfalteiros encomendados pela Venezuela daria trabalho aos ENCV para três, quatro anos.

Ponto assente é que não se pode permitir o desmantelamento dos Estaleiros na base de mentiras e em falsos pressupostos que a própria Comissão Europeia já desmentiu.

Ponto assente é que, por muitos despachos que o tal ministro assine, este negócio de cariz duvidoso e ruinoso para o Estado, para a economia nacional e da região não pode ser aceite sem serem esgotadas todas as possibilidades legais e de luta para o travar.

Ponto assente é que os trabalhadores só pedem TRABALHO.


Artigo publicado na newsletter da Coordenadora Nacional do Trabalho do Bloco de Esquerda.  

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