O Partido Socialista começa um novo mandato com muitas questões por resolver. Da não contagem dos pontos para efeitos de progressão, que colocam a grande maioria dos enfermeiros e enfermeiras na base da carreira, até à desvalorização da profissão pelos baixos salários ou à falta de recursos humanos nos serviços.
Mas há também novos novos desafios. A inflação (7% em abril) equivale a um corte salarial de 5% para os enfermeiros portugueses, que já são dos mais mal pagos nos países da OCDE. (Descontando as palmas e a final da liga dos campeões…) o nosso enorme esforço durante a pandemia é agora recompensado com uma quebra salarial.
Não há cuidados de saúde de qualidade com enfermeiros mal pagos. Não é com uma política de constante desmotivação e desmoralização que se cria equipas sólidas e estáveis. Os cuidados de qualidade precisam de políticas que retenham o enorme talento que temos.
O Bloco de Esquerda conhece o meio e quer juntar forças com todos os intervenientes da luta pelos direitos de quem trabalha. A edição regular deste boletim é um passo nesse caminho.