quinta-feira, 12 março 2015 14:56

A luta LGBTQI — Nas palavras e na acção

Conferência Jovens do BlocoContributo de Ricardo Gouveia e Ana Rosa.

No plano político-partidário, o Bloco é o único partido que contém, no seu ADN, as lutas pela emancipação e direitos de pessoas LGBTQI. Lutamos contra a homofobia, o machismo, a transfobia, o binarismo de género, e todas as discriminações impostas com base em traços tão pessoais e essencialmente humanos como a nossa orientação sexual ou identidade de género. Assumimos então, este tema particular, como um dos traços fundamentais do nosso ativismo para juventude. Este texto contributo pretende, assim, aprofundar e a explicar a referência específica a este assunto na nossa moção, como ponto-chave para o nosso activismo.

Muito embora a crise social e económica seja e tenha sido terreno fértil para a disseminação de um discurso conservador, é assinalável como o movimento contrário, socialmente abrangente, também se tem reforçado, com a participação ativa e indispensável da juventude, tendo sido capaz de colocar assuntos tabu - como a adoção por casais do mesmo sexo e o tema da identidade de género - no espaço da discussão pública.

Muitos passos foram dados nas lutas LGBTQI, mas muitos mais há para dar. Revela-se, neste sentido, verdadeiramente fulcral a continuidade do ativismo aceso e dinâmico nesta área, com especial enfoque nas camadas mais jovens, promovendo um renovar de mentalidades em consonância com o renovar das gerações. No domínio parlamentar, o Bloco tem sido, ao longo dos anos, absolutamente pioneiro nos mais diversos projectos de lei, dos quais se destacam a  insistência na adoção plena por casais de pessoas do mesmo sexo, a procriação medicamente assistida ou no sentido de possibilitar a pessoas Trans a respectiva mudança de sexo e nome no registo civil.  Cabe-nos um trabalho de informação e organização para a luta imprescindível fora das paredes do parlamento. Continuar a aposta na nossa divulgação própria sobre este assunto, por via de panfletos, debates ou outros eventos, bem como reforçar a nossa capacidade mobilizadora para momentos de contestação como as anuais Marchas do Orgulho são algumas das nossas linhas orientadoras. É ainda responsabilidade nossa, por excelência, a prática de um discurso capaz de cruzar lutas e reivindicações,  bem como todas as formas de opressão e exploração que, bem sabemos, se agravam mutuamente.

Contudo, não só de acções e divulgação vive a questão LGBTQI no seio do Bloco. Seja na recusa activa do piropo enquanto forma de assédio verbal, na utilização de linguagem inclusiva ou na condenação de estabelecimentos ou entidades que pratiquem a discriminação de género ou orientação sexual, procuramos ser activistas a tempo inteiro, em todas as esferas da nossa vida, por um mundo livre de opressões e preconceitos.

Sentimos o peso e o orgulho de representarmos um partido que não só é firme e intransigente nesta luta, como procurou sempre ser um lugar amigável e seguro para todas as pessoas, reproduzindo no nosso funcionamento interno a transformação social pela qual lutamos. Neste aspecto, mostra-se particularmente importante para este ensaio a organização do Liberdade, pelo potencial de reinvenção das actividades que aí são promovidas, como da natural reflexão sobre aspectos tão elementares como o binarismo de género implícito nos balneários.

Cabe a esta coordenadora a continuação de um trabalho de anos nesta temática, a todas as escalas: desde o plano institucional e nacional, às contestações locais, ao nosso funcionamento interno e à nossa própria linguagem e comportamento.

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