Comício em Quarteira, em Agosto de 2007. Foto Paulete MatosA "resistência tenaz ao governo, contra a diminuição real dos salários e das pensões que resultam dos aumentos especulativos dos combustíveis e dos bens alimentares" dão o mote para os 20 comícios que o Bloco fará este Verão.  O anúncio foi feito durante a reunião da Mesa Nacional do Bloco este sábado. Para Setembro fica marcada uma marcha contra a precariedade, dois anos após a primeira marcha pelo emprego que percorreu o país. Francisco Louçã foi claro na conferência de imprensa da reunião da Mesa Nacional do Bloco de Esquerda sobre os objectivos desta iniciativa: "Não temos qualquer ilusão com um Governo que quer legalizar a precariedade. Temos que vencer o PS e a política que este Governo tem feito".

A situação social do país foi agravada pela subida do preço dos combustíveis e dos alimentos e Francisco Louçã calcula que "ao longo de 2008, o corte nos salários atingiu os 60 euros por mês - um décimo do salário médio -, com consequências dramáticas para as camadas mais pobres da população".  O coordenador da Comisão Política do Bloco diz que na base destas subidas estão fenómenos "especulativos", pelo que exige do governo "o controlo dos preços e uma subida dos salários".

"Não descansaremos de lutar por uma alternativa, que represente um compromisso com a esquerda e com as políticas sociais de esquerda", afirmou Louçã aos jornalistas, adiantando ainda que os comícios de Verão do Bloco serão também "um espaço de debate" com outras correntes da esquerda para definir uma alternativa ao Governo.

Francisco Louçã afirmou que a taxa Robin dos Bosques sobre os lucros das petrolíferas - cuja implementação o primeiro-ministro prometeu agora estudar - é bem-vinda, mas terá de ser acompanhada por medidas de regulação dos preços dos combustíveis. E anunciou as iniciativas bloquistas para a "resistência tenaz ao governo" nos próximos meses.

O dirigente bloquista recordou que o imposto suplementar sobre os lucros das petrolíferas para financiar programas sociais já existe no Reino Unido ou na Noruega, mas isso não basta para conter a subida em espiral dos preços. Para além de "comprimir os lucros grotescos das gasolineiras, impõe-se uma intervenção para combater a alta especulativa dos preços". O Bloco de Esquerda apresentou há dias um projecto de lei nesse sentido. "Esperamos que o PS e o Governo estejam abertos a aprovar o nosso diploma", disse Louçã.

Questionado pelos jornalistas sobre a eventualidade dum Bloco Central em 2009, Louçã considerou essa hipótese como "uma insinuação que começou no PSD, partido que continua com uma disputa interna, e da qual Marcelo Rebelo de Sousa se tornou porta-voz". "O Bloco Central é um erro, porque os eleitores querem alternativas e não a mesma obsessão com o défice comum a José Sócrates e a Manuela Ferreira Leite. A alternativa tem que ser um compromisso com a luta pelas desigualdades, e o PS e o PSD somados acentuam as desigualdades", sustentou o dirigente do Bloco.

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