"O Bloco vai confrontar o governo com este processo, que é mais um caso de encerramento na hora, prejudicial para os trabalhadores e permite constatar a impunidade que os patrões vivem, depois de cometerem tantas ilegalidades na condução das empresas, mas também nos encerramentos", disse a deputada após a vistia à fábrica.
Para Alda Macedo, este processo tem "foros de ilegalidade porque não há despedimento colectivo, mas a extinção dos postos de trabalho individualmente". Com o regresso à laboração previsto para 22 de Setembro, os 32 trabalhadores receberam no passado dia 18 de Setembro uma carta de despedimento, datada do passado dia 5, dando conta da decisão de extinguir os postos de trabalho, tomada a 31 de Agosto.
"É o retrato da brutalidade, da prepotência e da falta de respeito que os patrões têm pelos direitos do trabalho e dos trabalhadores, com um sentimento de impunidade, depois de recorrerem a todo o tipo de artifícios sobre os trabalhadores, que são os motores e geradores de riqueza, constituindo atitudes escandalosas", disse a deputada.
Segundo Alda Macedo, a empresa não tem património imobiliário, detém dividas à Segurança Social, os "ordenados eram pagos aos bochechos", os trabalhadores têm dois meses de salários em atraso e "o subsídio de férias de 2005, também ficou pelo caminho".