A audição abordou a proposta de Regulamento, naquilo que foi considerada a 3.ª tentativa de generalizar a liberalização e concessão dos Portos. A pretexto de se promover a concorrência entre portos, concessionou-se o porto grego do Pireú aos chineses, de Sines a Singapura, Alcântara ou Leixões ao grupo Mota-Engil. A desregulação laboral e a promoção do “trabalho negro” e atentar contra o direito à greve, eis os objetivos finais da proposta, rechaçada pelos presentes, dos Alemães do porto de Hamburgo, aos Croatas, passando pelos portugueses pela voz do presidente do sindicato, António Mariano: denunciando o que se passa nos portos e a mentira que constitui o “diálogo social europeu” do setor.
Em Portugal com greves marcadas para os dias 27 de janeiro a 10 de fevereiro, em Lisboa, Setúbal, Sesimbra e Figueira da Foz, contra a desregulação laboral e salarial e a introdução, no porto, de uma segunda empresa que usa mão-de-obra precária e a ganhar menos, para substituir os atuais funcionários e em defesa da contratação coletiva (CCT).
O Sindicato de Estivadores decidiu, nesta sexta-feira, prolongar as greves no Porto de Lisboa até ao dia 24 de fevereiro após um plenário com os trabalhadores. Os estivadores estão contra o recurso a novos trabalhadores com o objetivo de provocar a insolvência da atual, depois de terem sido despedidos 47 em 2013, e contestam sobretudo o novo operador Porlis, maioritariamente pertencentes ao grupo Mota-Engil.
Artigo publicado na newsletter da Coordenadora Nacional do Trabalho do Bloco de Esquerda.