Joaquim Raminhos, fez uma intervenção onde agradeceu em especial o contributo da camarada Paula Tavares citando-a "Há uma parte da vida que requer o seu próprio percurso, sem paredes nem ameias. Quando assim o entendemos, dela passamos a fazer parte também. Se uma vida não chega paciência."
Explicou depois aos presentes os actuais conteúdos da Carta Verde, agradeceu os contributos e apelou à continuação dos mesmos para além do dia 12 de Outubro, pois o concelho bem precisa de um novo rumo e é dever de todos participar nas soluções muito para além dos períodos eleitorais, mesmo contra a vontade das forças politicas dominantes e da sua falta de projectos.
Este projecto referiu, tem sido elaborado com a contribuição de dezenas de cidadãos dos mais variados quadrantes políticos e as mais variadas áreas de formação académica, que responderam ao apelo do Bloco, para que este concelho que está inserido no ecossistema estuarino, o sapal e a sua correspondente frente ribeirinha, não continue fora do modelo de desenvolvimento sustentado que todas as forças verdadeiramente progressistas defendem.
Reconheceu que este é infelizmente um concelho, que tem ao longo dos últimos 35 anos sido um modelo de desenvolvimento que privilegia o crescimento urbano expresso na rápida transformação de solo rural em solo urbano, o que levou ao desaparecimento de pinhais, montados (alguns deles centenários), à destruição de sapais e à descaracterização total da sua frente ribeirinha, um concelho que acentuou neste últimos 35 anos a sua característica de dormitório, fruto de más politicas autárquicas.
Por isso, algumas dezenas de cidad@os se juntaram no Club Naval da Moita, onde participaram num debate sobre o futuro que querem para o concelho e o tipo de desenvolvimento que o mesmo necessita.
Das várias intervenções ressalta a disponibilidade para se continuar o projecto e para o reforço de contribuições de especialistas presentes, arqueólogos, biólogos, arquitectos e muitos outros que sem formação académica são autênticos livros do saber local nas artes da pesca, da navegação, da construção e preservação de embarcações típicas, bem como da história e cultura local.