Delgado adiantou que o município deverá solicitar apoio ao governo para esta aquisição, passando esse espaço a estar disponível para utilização pelo futuro Parque Arqueológico de Braga / Parque Cultural Europeu, proposto pela UAUM.
Henrique Barreto Nunes, que integrava a comitiva bloquista, referiu a importância arqueológica daquela área, onde se descobrem vestígios sempre que se realizam obras, como foi o recente caso do quarteirão dos Correios e do prolongamento do túnel da Avenida Central. O candidato do Bloco disse também que se deveria estudar a possibilidade de demolição total ou parcial do edifício, permitindo à Fonte do Ídolo maior visibilidade, uma vez que o monumento está agora "escondido entre prédios".
O programa autárquico do Bloco de Esquerda defende o levantamento e divulgação da carta patrimonial e arqueológica da cidade e do concelho, definindo planos de salvaguarda e revitalização de edifícios, monumentos e sítios, como é o caso, entre outros, das Sete Fontes, da ínsula das Carvalheiras, do teatro romano, do Recolhimento das Convertidas, ou do edifício da fábrica Confiança.
Barreto Nunes exemplificou a urgência da carta patrimonial, frisando que se esse levantamento estivesse feito as Sete Fontes não estariam agora em risco, devido à pressão urbanística naquela zona da cidade, agravada pela construção do novo hospital.
João Delgado recordou as décadas de abandono da Fonte do Ídolo e comparou a "rapidez com que se constroem túneis, viadutos ou campos de futebol, enquanto para o património parece nunca haver dinheiro, quando na verdade o que não existe é vontade política, porque a defesa do património colide com os interesses especulativos do imobiliário".
O candidato do Bloco concluiu a visita manifestando a esperança de que o "amor ao património revelado no programa de todos os partidos venha a ter tradução em políticas concretas e não seja esquecido logo que os votos estejam contados".