"A liberdade é a protecção das pessoas", afirmou o deputado bloquista. Respondendo aos ataques de Paulo Portas ao Bloco de Esquerda, Louçã disse que não está "disposto a ouvir que foi por causa da sociedade que há corrupção ou por causa da sociedade que há criminalidade. Não foi ninguém do rendimento mínimo que pôs 30 milhões de euros no negócio dos submarinos e não foi a sociedade que pôs um milhão de euros na conta do CDS”.
Olhando para os números dos homicídios em Portugal, Louçã disse que embora sejam hoje metade do que eram durante o governo PSD/CDS, "continuam a ser um problema gravíssimo. E um terço do total de homicídios devem-se à violência doméstica, uma mulher assassinada em cada semana no ano passado".
"Não é a sociedade que comete os crimes, mas é ela que tem de ser forte contra os crimes, e responder para proteger as vítimas e evitá-los", sustentou Louçã. Por isso, anunciou que o Bloco vai reapresentar o projecto de lei (que o PS chumbou na anterior legislatura) para criar juízos especializados para os casos de violência doméstica, e sublinhou a responsabilidade das autarquias na criação de casas abrigo e na ligação com os serviços de segurança social, com o objectivo de separar as vítimas dos criminosos. Louçã criticou ainda que não sejam levados à prática os poucos meios que o governo aprovou nesta matéria, como o uso da pulseira electrónica.
A confiança num bom resultado nas autárquicas do Seixal foi afirmada por Louçã e também pela deputada Mariana Aiveca, ao afirmar que "esta campanha já leva dez anos de propostas que marcam a diferença em relação às políticas que aumentam o desemprego e a precariedade".
"Em cada três habitantes, dois trabalham fora do nosso concelho", constatou Luís Cordeiro para defender em seguida o prolongamento do metro do sul do Tejo ao Seixal e Barreiro, melhorando a mobilidade e a eficácia do sistema de transportes públicos.
O incentivo à utilização em horários alargados das creches e jardins de infância no Seixal, bem como o aumento da oferta de lares de idosos no concelho e a aposta no investimento no sector educativo e na cultura, são propostas que fazem parte do programa do Bloco. O objectivo é alcançar o que ficou a escassas centenas de votos nas últimas autárquicas: a eleição de um vereador que aponta como primeira prioridade "o rigor e a transparência" na gestão da autarquia.
A abrir as intervenções, o primeiro candidato à Assembleia Municipal, Vítor Cavalinhos, saudou os presentes e manifestou a esperança de ver também reforçada a presença de eleitos bloquistas nas freguesias do concelho.