O candidato do Bloco de Esquerda à Câmara de Oeiras, Francisco Silva, enfrenta "um desafio muito importante", disse Louçã, porque significa "enfrentar as duas faces do PSD, já que Isaltino Morais é uma espécie de cavaquismo 'offshore' do PSD e combater esse populismo é muito importante". Recorde-se que Isaltino, afastado do PSD, apresenta uma candidatura independente, e que o PSD apresenta outra candidata.
Francisco Silva afirmou que "a eleição de um vereador do BE é inevitável" no concelho, pois o Bloco é "a única oposição na Câmara como Oeiras" e que os munícipes "reconhecem o trabalho que tem feito pelo concelho".
O candidato avançou algumas medidas do programa eleitoral à autarquia: diminuir as assimetrias entre o interior e o litoral do concelho, através de "estudo de potencialidades de cada freguesia", democratizar o acesso à saúde, educação, cultura e desporto, através da criação de uma rede de transportes escolares, a criação de "um banco de material escolar, à semelhança do Banco Alimentar" e o apoio camarário de "núcleos independentes de teatro, bailado e música".
Sobre o metro de Oeiras, proposta pelo candidato do PS, Francisco Silva disse tratar-se de uma miragem e defendeu a criação de uma "Comissão Municipal de Transportes, de modo a articular com a CP e a Vimeca uma reestruturação da actual rede pública de transportes, bem como a criação de faixas BUS".
Francisco Silva propõe ainda "o levantamento do emprego precário em todas as empresas municipais" e a "regularização imediata" dessas situações e a criação de uma "rede gratuita de apoio ao idoso", através de visitas domiciliárias com profissionais de saúde.