quarta-feira, 09 setembro 2009 04:38

“O que separa esquerda e direita são as políticas sociais, é a justiça na economia”

Comício do Bloco em AlmadaNum comício realizado em Almada, Francisco Louçã começou por assinalar que o distrito de Setúbal vai ser "um dos centros da grande mudança política que nestas eleições enfrentará a maioria absoluta" e terminou salientando que "o que separa esquerda e direita são as políticas sociais, é a justiça na economia, é o pleno emprego". No comício intervieram também Fernando Rosas, Jorge Costa e Helena Oliveira. Ver fotos.

O comício realizou-se na Incrível Almadense nesta Terça feira após o debate televisivo entre Francisco Louçã e Sócrates, visto em directo pelos presentes. Antes das intervenções políticos, actuaram os músicos Diana e Pedro.

A primeira oradora foi Helena Oliveira, cabeça de lista do Bloco de Esquerda à Câmara de Almada e actual deputada municipal, que apontou quatro prioridades para quatro anos: participação cidadã e transparência na gestão autárquica; políticas sociais de emprego e de igualdade para combater a crise; políticas de ambiente e do território ao serviço das pessoas; cultura, educação e associativismo, como alicerces do progresso social de Almada. Dentro destas prioridades, Helena Oliveira defendeu a urgência de um plano estratégico de intervenção e emergência social para enfrentar a crise. Defendeu também uma política coordenada de transportes públicos entre os operadores do concelho e que a revisão do PDM se abra à participação cidadã.

Jorge Costa centrou a sua intervenção na crítica à política do CDS-PP, afirmando que "o caminho desta direita radical é o caminho do ressentimento social, da raiva dos pobres contra os pobres", a "guerra de todos contra todos" entre as vítimas da crise económica. O cúmulo, segundo Costa, é o ataque de Portas ao rendimento social de inserção, ao defender que sejam "retirados ou reduzidos os míseros vinte euros por semana de rendimento que essas pessoas têm". Costa contrapôs a política do Bloco: de que a crise tem responsáveis que "têm de devolver o que lucraram à conta de uma economia que espoliou milhões de pessoas" e uma política de apoio às vítimas do desemprego. Jorge Costa denunciou então o que o CDS-PP fez no governo, lembrando o caso dos submarinos e salientando que o preço de dois submarinos paga mil anos de rendimento social de inserção no Bairro da Belavista. Recordou também os casos Portucale e Casino de Lisboa, destacou que "a política do CDS-PP é mão pesada sobre os pobres e a pequena criminalidade e mão leve sobre o erário público" e concluiu: "quando o CDS-PP chega ao poder é a insegurança que se instala em recursos que devem ser preservados, porque são bem comum, mostrando-se a direita mais venal".

Fernando Rosas considerou que no fundo do debate eleitoral está a falência da tarefa histórica da burguesia de modernizar o país e defendeu que nestas eleições, e para além delas, está em causa "o processo de constituição de um pólo social e político de esquerda socialista plural, variado mas unido em torno do projecto comum de constituir uma alternativa económica, social e política para o país". Nessa base, Fernando Rosas afirmou que o Bloco deve derrotar a política do PS e constituir-se como alternativa a ela: "É preciso deixar absolutamente claro que não estamos nestas eleições para ser o complemento social de reforma do engenheiro Sócrates e do Partido Socialista", disse Rosas, acrescentando "não estamos nesta campanha para negociar migalhas da governação".

O deputado bloquista terminou recordando o centésimo aniversário da República e declarando: "Ao nos abeirarmos dos 100 anos da República, a nossa política é ajudar a refundar uma esquerda socialista apta a governar o país".

Francisco Louçã considerou que nestas eleições é preciso enfrentar o "absolutismo social", destacando que o desemprego é absolutismo social, tal como a precariedade ou o trabalho temporário.

Salientando que o Bloco combate o "imenso polvo dos negócios", lembrou o debate com Sócrates para dizer que um governo PS, a que o actual primeiro ministro pertenceu, vendeu uma parte da Galp à ENI e "agora Sócrates vem dizer que entregou a Américo Amorim, para que não tomasse conta da Galp toda...".

Louçã afirmou depois: "Estou certo que hoje à noite já ganhámos 500 milhões de euros, porque depois de hoje à noite já não vai ser possível ao primeiro ministro manter o negócio com Jorge Coelho para uma auto-estrada". E, a propósito, considerou que o Bloco já conseguiu antes travar ou atrasar outros negócios com os bens públicos, como a privatização da REN, destacando a importância das denúncias das negociatas e dos responsáveis, "percebemos como é importante dar nomes aos bois" disse, sublinhando que o grande combate do Bloco é pela democracia económica.

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