O primeiro comício do Bloco em Fafe,
distrito de Braga, entusiasmou a população, que compareceu em força
na Praça 25 de Abril.
Ricardo Almeida, do núcleo do Bloco
local, regozijou-se com o sucesso da iniciativa, e fez o balanço da
actividade do Bloco na Assembleia Municipal da cidade. "Fomos
alternativa, do lado da cidadania participativa e do apoio social, e
contra as parecerias público-privadas" sublinhou o jovem
bloquista. Desta vez, o Bloco apoia uma lista de cidadãos
independentes, um "movimento alargado que junta mais forças"
para "tornar Fafe melhor para todos" e que apresenta Parcídio Summavielle como primeiro candidato à Câmara.
Um dos participantes
neste movimento independente de cidadãos e que é também candidato
independente nas listas do Bloco à Assembleia da República, Leonel
Castro, congratulou-se por o Bloco ter sido capaz de "acarinhar um
grupo de pessoas com diversidade de ideias" para "desenvolver o
concelho de Fafe". E acusou PS e PSD de enganarem a democracia.
"Acabar com esse engano é votar no Bloco nas legislativas e neste
movimento independente em Fafe",concluiu Leonel Castro.
Também
Pedro Soares sublinhou a urgência de "acabar com o monopólio do
PS e do PSD", depois de lembrar os mais de 50 mil desempregados do
distrito de Braga, grande parte deles sem qualquer apoio. O cabeça
de lista do Bloco às legislativas por Braga acusou o governo de
"virar as costas ao distrito", à semelhança do que havia feito
o PSD.
"O palavreado esquisito de Sócrates", ao dizer que
acabou a "recessão técnica", deu o mote para a intervenção de
Francisco Louçã. "O que o povo sabe é que a tempestade do
desemprego não passou, nunca houve tanto desemprego como agora, são
já mais de 600 mil homens e mulheres nesta situação", acusou
Louçã.
Contrastando com o aumento do desemprego e da pobreza, "a banca lucras seis milhões de euros por dia" e o país é
"assaltado por negócios, favorecimentos e traficâncias". Louçã
criticou esta "economia tóxica que rouba as pessoas" e prometeu
que o Bloco vai continuar a "perseguição ao polvo dos negócios
dos poderosos", lembrando em concreto o caso de Américo Amorim,
que se tornou o homem mais rico de Portugal quando o governo lhe
entregou a Galp de bandeja, e da Mota-Engil, a empresa liderada por
Jorge Coelho que através do favorecimento e do compadrio "enriquece
à custa do nosso bolso."