Na festa-comício, realizada nesta Quinta feira em Santo António dos Cavaleiros no concelho de Loures, actuaram o grupo coral de poesia Zeca Afonso, o grupo de dança da associação Arakodi de angolanos de Odivelas e o grupo Farra Fanfarra, que entusiasmaram os presentes com as suas exibições.
Nas intervenções políticas, falaram Victor Franco, cabeça de lista do Bloco de Esquerda à Câmara de Loures, e Francisco Louçã.
Victor Franco denunciou que a Câmara de Loures, presidida por Carlos Teixeira do PS, tem sido muito generosa com a especulação imobiliária, mas pouco muito pouco generosa com as pessoas.
"Carlos Teixeira foi muito generoso com a Obriverca, quando lhes facultou os terrenos da Indep em Moscavide" denunciou Victor Franco, acrescentando que em relação aos quartéis de Sacavém, a Câmara deu à Obriverca o poder de fazer o plano de pormenor, "Ou seja meteu a raposa no galinheiro e disse à Obriverca 'especulem como quiserem', disse.
Em alternativa Victor Franco salientou que o Bloco em Loures, defende a "prioridade às pessoas, contra a prioridade aos negócios".
Francisco Louçã disse, a propósito da suspensão do jornal de 6ª feira da TVI dirigido por Manuela Moura Guedes, que "há boas razões para termos preocupações". Louçã lembrou o episódio de suspensão do programa de Marcelo Rebelo de Sousa, há uns anos na mesma estação, e afirmou: "Temos o direito de exigir liberdade nas estações de televisão".
Por fim, Louçã falou dos combates pela democracia nos últimos anos: a defesa dos direitos dos imigrantes, a defesa da saúde pública, a defesa da educação pelos professores e pelas professoras e o movimento dos jovens contra a precariedade.
"Os jovens não aceitam a precariedade, não aceitam o trabalho temporário", disse Louçã, que denunciou que no trabalho temporário "uma pessoa é alugada como se fosse uma peça". O deputado bloquista considerou que esse movimento está a crescer, porque "os jovens não suportam a injustiça". Segundo Louçã, estes movimentos "dão mais força ao Bloco e mais responsabilidade".