No comício realizado na tarde desta Quarta feira, a primeira oradora foi Catarina Martins, cabeça de lista do Bloco à Câmara Municipal de Coimbra.
Catarina Martins denunciou que está pronta a revisão do PDM "feita às escondidas" e em que se prevê o aumento da área urbanizada em 50%. "5% já seria de mais", exclamou a deputada municipal bloquista. Catarina Martins defendeu a reabilitação do centro histórico e desafiou os outros candidatos a dizerem se apostam no centro histórico ou no aumento do betão. A candidata do Bloco defendeu a participação cidadã e recordou que há três anos o Bloco propôs em Coimbra o orçamento participativo, mas que "PS e PSD disseram não".
José Manuel Pureza lembrou que agora o PSD quer acabar com o pagamento especial por conta, mas ele foi criado por Manuela Ferreira Leite em 2001. "Esquece tudo o que te disse é o filme de Manuela Ferreira Leite", destacou Pureza, que acrescentou "é também esse o filme de José Sócrates".
O cabeça de lista do Bloco terminou a sua intervenção afirmando: "É em nome da memória, da raiz do pensamento, da liberdade, que o Bloco está aqui para combater sem fim pela democracia e pela democracia sem fim".
Francisco Louçã criticou a primeira medida que Sócrates disse em entrevista televisiva que tomaria num novo governo, a abertura de uma conta por cada recém-nascido com 200 euros, a levantar aos 18 anos. "Apadrinhado por José Sócrates, cada bebé fica cliente do banco a partir do primeiro dia do nascimento, mas os 200 euros darão para pagar apenas as propinas dos primeiros dois meses da universidade, quando fizer 18 anos".
Em contraposição Louçã afirmou que o principal, e o que o Bloco fará, é responder à crise e por isso apresentou três primeiras medidas que um futuro governo devia tomar:
- Responder ao desemprego, garantindo subsídio aos 200.000 desempregados que não o têm;
- Impor criação de emprego a qualquer empresa que receba apoio ou subsídio público;
- O fim do sigilo bancário, para combater a corrupção e o crime económico.