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sábado, 18 julho 2009 04:05

“É preciso justiça na economia para acabar com a violência da pobreza”, avisa Louçã

Francisco Louçã e João Teixeira Lopes na arruada do Porto, esta sexta-feira. Foto de Paulete MatosNum comício de rua realizado em Amarante - que tem Hugo Silva como candidato do Bloco à Câmara - Francisco Louçã acusou o governo de se resignar com os dois milhões de pobres que existem no país, e que incluem 300 mil crianças. Para acabar com a violência da pobreza, Louçã exigiu justiça na economia e o fim da submissão aos grandes interesses económicos. Em Matosinhos, o Bloco apresentou Fernando Queiroz e Ferreira dos Santos como cabeças de lista aos órgãos daquela autarquia, já depois de uma animada arruada na cidade do Porto. Vê as fotos de Amarante , Matosinhos e Porto .

O abismo existente entre os dois milhões de pobres em Portugal e as facilidades concedidas aos milionários e à corrupção marcaram os discursos de Francisco Louçã, que esteve nesta sexta-feira no Porto, em Matosinhos e em Amarante.

"A corrupção é a pior forma de desigualdade" sublinhou Louçã, no dia em que o país ficou a conhecer um relatório oficial que revela a permeabilidade do Estado à corrupção, com numerosas obras públicas sem orçamentos nem cadernos de encargo. O negócio dos contentores de Alcântara - considerado ruinoso para o Estado pelo Tribunal de Contas - mereceu também duras críticas: "É a parasitagem económica que prejudica o país", atirou Louçã, numa alusão às palavras de António Costa - Presidente da CML que apoiou o negócio de Alcântara - e que acusara o Bloco de ser "parasita".

Louçã insistiu na urgência de um combate sério à corrupção e à criminalidade financeira, criticando a nova da lei do enriquecimento injustificado que permite aos prevaricadores ficarem com 40% do dinheiro que recusam dizer de onde veio. "60 para o Estado e 40 para os criminosos. Ficamos quites e não se fala mais no assunto" ironizou Louçã. "Portugal é o paraíso da criminalidade financeira", continuou, referindo-se no concreto a Jardim Gonçalves, o ex-administrador do BCP que "falsificou contas e quando saiu do banco ainda levou 38 milhões de euros, seis vezes mais do que levou o patrão da maior empresa do mundo - a General Motors - no momento em que faliu". "A grande diferença é que nos EUA estão a exigir a devolução daquele dinheiro". "Não há dúvida que os magnatas portugueses são os mais competentes na roubalheira", acrescentou Louçã.

António Mexia (actual administrador da EDP) também não escapou à crítica. "Foi Ministro do governo PSD/PP e Sócrates meteu-o como administrador da EDP e agora é conselheiro para a elaboração do programa do PS destas eleições". "Mexia atribuiu a si próprio um prémio de 1 milhão de euros, o mesmo que um trabalhador com um ordenado médio conseguiria poupar em 100 anos, sem gastar um tostão". "É preciso justiça na economia para acabar com a violência da pobreza" concluiu Louçã.

Antes de Louçã, João Semedo - candidato do Bloco pelo círculo eleitoral do Porto - lembrou "o tempo perdido no combate ao gangsterismo financeiro com que os tubarões roubam o erário público" e a aprovação de "um código do trabalho que é um recuo de décadas e precariza a vida dos trabalhadores". Semedo destacou ainda algumas vitórias do Bloco neste quatro anos - como a despenalização do aborto, a lei do divórcio, e alguns avanços, ainda que muito tímidos, em relação ao sigilo bancário - e concluiu com esta ideia: "É preciso um Estado social forte, financiado por todos e ao serviço de todos".

Apresentados candidatos em Amarante e Matosinhos

O primeiro discurso do comício que juntou algumas centenas de pessoas no centro histórico de Amarante coube a Hugo Silva. O candidato do Bloco à Câmara Municipal denunciou a construção da barragem do Fridão, com uma parede de 100 metros de altura situada a apenas 7 km da cidade. Hugo Silva sublinhou que PS e PSD - depois de terem aprovado uma moção pela retirada da barragem do Fridão do Plano Nacional de Barragens - mostram-se agora coniventes com a sua construção. "Esta barragem é uma ameaça ao ambiente e à segurança da população de Amarante, além de descaracterizar totalmente as margens do Tâmega", acrescentou Hugo Silva. Retirar a maioria absoluta ao PS que "governa a cidade há 20 anos com arrogância", dar prioridade aos transportes públicos a baixos custos e revitalizar o centro urbano, foram outras ideias fortes lançadas pelo candidato do Bloco. O cabeça de lista à Assembleia Municipal de Amarante é o médico António Simões, actual deputado municipal.

Em Matosinhos foram também apresentados os candidatos do Bloco. No jantar de apresentação, Fernando Queiroz, que encabeça a lista para a Câmara, elegeu como prioridade o combate ao desemprego que naquele concelho já afecta mais de 20 mil pessoas. Ferreira dos Santos é o primeiro candidato à Assembleia Municipal e o arquitecto Abreu Pessegueiro é o mandatário da campanha.

Arruada no Porto

À tarde, Francisco Louçã e João Teixeira Lopes participaram numa arruada no Porto, percorrendo a Rua de Santa Catarina, ao som dos "Pantomina". João Teixeira Lopes - candidato à Câmara Municipal da Invicta - congratulou-se com as recentes declarações de Rui Rio, que defendeu a possibilidade de fazer coligações com todos os partidos menos com o Bloco de Esquerda. "Diz Rui Rio que com o Bloco não, porque é contra-natura. Pois é! Jamais pactuaremos com Rio, somos os únicos que não desistimos e que defendemos as pessoas e o Porto", frisou Teixeira Lopes.

Teixeira Lopes voltou a criticar a sintonia entre Elisa Ferreira e Rui Rio em relação aos principais projectos privatizadores da cidade, como é o caso do Pavilhão Rosa Mota.

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