"Faz hoje [quarta-feira] 35 anos que foi criado o Salário Mínimo Nacional. Esta é a boa notícia, ainda temos SMN", disse Miguel Portas. Mas, prosseguiu, há também uma "má notícia": "É que, entretanto, o Salário Mínimo Nacional desde há 35 anos perdeu 30 por cento do poder de compra".
Fazendo as contas, se tivesse mantido exactamente o mesmo valor real do ano em que foi criado, seria hoje de 584 euros, precisou.
"E vocês sabem como ele está a 450, o montante que Manuela Ferreira Leite aqui há seis meses ainda pensava ser excessivo", recordou.
O eurodeputado abordou ainda o programa Erasmus, tão falado na actual campanha. "Uns falam do Erasmus dos estudantes, outros querem até fazer o Erasmus do primeiro emprego. Mas o que eles não dizem é que ambas correntes políticas estiveram de acordo em reduzir o orçamento do Erasmus a nível europeu", denunciou Miguel Portas, apontando que uma coisa é o discurso que PS e PSD fazem, e outra, oposta, são as medidas opostas que adoptam.
Antes, o 3ª candidato da lista do Bloco de Esquerda, o independente Rui Tavares, recordou o ex-presidente do BPN Oliveira e Costa, que disse que se se fosse esmiuçar o assunto BPN, o sistema financeiro entraria em colapso. "Eles acham que a democracia é um incómodo", ironizou. "Para eles, esmiuçar os assuntos que já causaram tantos prejuízos os contribuintes é um grande prejuízo", disse, para desenvolver a ideia de que o que a Europa precisa é mais democracia.
"O bloco central está a asfixiar a democracia na Europa", concluiu.