A cerimónia decorreu no miradouro de Santa Catarina ("Adamastor") nesta quinta-feira, e foi aberta pelo cantor Fernando Tordo, mandatário da candidatura. "Lisboa é um miradouro de onde o Povo observa os seus eleitos. Com o Luís Fazenda e o Bloco na CML queremos ver, haveremos de ver, uma capital ainda mais bela do que as grandes canções que a homenageiam, incansavelmente imaginadas por tantos nós, geração após geração", disse Tordo. "Uma cidade não é gente se não for, acima de tudo, a transcendência dos seus factores de sobrevivência, se não for uma cultura", acrescentou.
João Bau, cabeça de lista à Assembleia Municipal, fez um balanço negativo da gestão de António Costa, afirmando que esta "não esteve à altura das expectativas" criadas quando da sua eleição: "À esperança sucedeu a decepção", afirmou, lembrando que a reabilitação urbana da capital marca passo, que o PDM não foi revisto, como era seu compromisso, que não há uma política cultural para Lisboa. "É preciso devolver a cidade a quem nela vive", concluiu João Bau.
Na sua intervenção, Luís Fazenda defendeu um "castigo fiscal a sério" sobre os fogos devolutos, e a requisição temporária dos imóveis para fazer a necessária reabilitação. Por outro lado, para combater o excesso do automóvel na cidade, sustentou a necessidade do adiamento da valência rodoviária da terceira travessia do Tejo.
Para a requlificação da frente ribeirinha e responder ao "apelo do rio", opôs-se à proliferação de barreiras físicas e afirmou que a autarquia lisboeta "não pode ser o braço político dos negócios do governo com a Liscount."
Para a reabilitação da baixa lisboeta, defendeu a criação de um auditório popular e de centros de animação e comércio na baixa, opondo-se ao "policentrismo, inédito na Europa", teoria que "só conduziu ao desligamento da cidade".