quarta-feira, 30 junho 2021 16:53

Nota da Comissão Política sobre a Cimeira da NATO

A recente Cimeira da NATO, em Bruxelas, avalizou a liderança dos Estados Unidos e alterou a estratégia declarada desta organização militar

A NATO à imagem de Biden

A recente Cimeira da NATO, em Bruxelas, avalizou a liderança dos Estados Unidos e alterou a estratégia declarada desta organização militar. Biden impôs um novo conceito segundo o qual a China representa o inimigo principal, seguida de outros regimes autoritários, onde se destaca a Rússia. A NATO, que se definiu como organização de intervenção global, e não apenas defensiva, acrescenta este eixo anti-chinês à habitual "guerra ao terror". Este desenvolvimento é gravíssimo para a paz e segurança internacional.

Os EUA fazem acompanhar a rivalidade económica com a China da intenção de uma escalada militar global, para segurar a hegemonia de mercados e áreas de influência e controlo. Biden recua à doutrina Bush de exportação de guerra em nome da democracia, como já testemunhamos no atoleiro do Iraque, entre outros conflitos.

As elites europeias podem mostrar a sua satisfação com Biden a tratar a Europa da UE como aliada, depois da orfandade a que foram sujeitas por Trump. Contudo, desenganem-se todos aqueles que esperavam multilateralismo e distensão, depois da agressividade de Trump. A manutenção por Biden do bloqueio a Cuba, confirmando o cerco que lhe moveu Trump, é bastante reveladora. Nem sombra de uma tentativa apaziguadora vinda da Casa Branca, como aquela que, apesar de tudo, trouxe Obama para a primeira linha de conversações internacionais em vários domínios.

O regresso dos Estados Unidos ao Acordo de Paris, importante para a transição climática, embora insuficiente, não foi acompanhado na geopolítica do Império. Teme-se que as negociações para a imediata redução dos níveis de poluição sejam atravessadas por este conflito EUA/China. As despesas militares, sobretudo dos EUA, atingem valores nunca antes vistos, o que retira ilusões em processos de desarmamento, mesmo com a prorrogação do Acordo START com a Rússia, um adiamento em vez de uma definição política. A opinião pública internacional tem de continuar a mobilizar-se pelo desarmamento, pela desmilitarização e pelo fim dos blocos político-militares. Essa é a via da paz contra as guerras infinitas.

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