A substituição dos contadores é um custo de operação das empresas de
energia e por elas deve ser suportado. Não tem sentido tributar os
consumidores pelos ganhos de produtividade e eficiência energética e
que as empresas vão conseguir com esta nova geração de telecontadores.
Em Inglaterra, o processo de substituição para os mesmos telecontadores
está a ser feito sem custos para os utilizadores. Menos se compreende
a preocupação da ERSE quando se sabe que, no ano passado, a EDP obteve
os maiores lucros da sua história: mais de 2500 milhões de euros.
O Governo, que nomeou esta administração da ERSE, não se pode esconder
da decisão de introduzir mais uma taxa que vai custar 1200 milhões de
euros, mais de um terço do valor calculado para o aeroporta da OTA. Um
novo imposto a pagar, com grave incidência sobre os consumidores com
menores gastos energéticos, ao contrário do que recomendam todas as
políticas sociais e ambientais. O mesmo Partido Socialista que
apresenta um projecto de lei na Assembleia da República, em Março de
2006, para defender a gratuitidade dos aparelhos mas apoia e suporta
agora uma entidade que se prepara para taxar os cidadãos pela
substituição dos novos aparelhos de contagem.
O Bloco de Esquerda apresentou hoje um requerimento solicitando a
presença do presidente da ERSE, e do ministro da Economia, numa audição
da Comissão Parlamentar de Economia.
quinta-feira, 06 dezembro 2007 13:34
Nova taxa na factura da electricidade: Bloco quer ouvir responsáveis na AR
