Sabendo-se que o espaço rural não é viável com a continuação de actividades exclusivamente agrícolas, esse esforço no sentido de fazer emergir actividades novas deve ser observado com atenção e apoiado, urgindo pensar-se em novos modelos de desenvolvimento que tenham em conta a especificidade da baixa densidade populacional dessas áreas e que passarão pela valorização do seu património e história, abrangendo a protecção da natureza.
Assiste-se, por parte dos poderes locais, a uma preocupação com a exploração dos recursos dessas áreas rurais pela valorização do património cultural e natural (muitas vezes inventando patrimónios que estão longe da autenticidade reconhecida pela população conhecedora da sua história), mas entregando essa exploração a grupos externos, que não fixam os resultados dessa exploração nesse mesmo espaço.
Os agentes da dinamização do espaço rural devem ser as populações - quem melhor que as populações locais para explorar a sua relação de sempre com o seu espaço, mantendo o mundo rural vivo?