Sexta, 27 de Julho, 20.30h
Teatro de rua junto ao castelo
Desfile "A poluição está na rua"
Basta de Poluição em Sines!
Não faz sentido continuar a instalar nesta zona indústrias, umas a seguir às outras, mais refinarias, mais empresas ligadas ao sector energético e dos petróleos, ignorando ou escondendo os seus efeitos poluidores.
Defendemos trabalho, mas com direitos, num ambiente saudável e com qualidade de vida.
Poluição em Sines
A Central Termoeléctrica de Sines foi a 13ª mais poluidora a nível europeu. Subiu, inclusivamente, dois lugares no ranking das 30 centrais mais poluidoras.
Só em relação ao dióxido de carbono, ultrapassou todos os limites previstos.
A situação é bastante mais grave do que a EDP, o governo e a Câmara Municipal querem fazer crer!
Os gases libertados pelas termoeléctricas que utilizam combustíveis fósseis para a produção de energia promovem a produção de ozono atmosférico, o qual é altamente tóxico e está a atingir valores alarmantes.
Insiste-se em esconder os efeitos ambientais dos resíduos expelidos pelas altas chaminés.
A grande maioria destes resíduos é empurrada pelo vento para o mar. E os metais pesados têm o mesmo destino, com todas as consequências sobre a qualidade do meio marítimo e do peixe que comemos.
Acabar com a energia baseada em combustíveis fósseis, apostar em energias renováveis e diversificar as fontes de energia constituem desafios urgentes para hoje!
Efeitos de trinta anos de indústria em Sines
- Os maus cheiros não desapareceram. Empresas como a Repsol, a refinaria, a Euroresinas continuam a emitir produtos lesivos à saúde.
- A ETAR de Ribeira de Moinhos não cumpre as suas funções! Continua a enviar para o mar lamas escuras, viscosas e de cheiro nauseabundo, com efeitos nefasto no ecossistema, provocando inclusivamente morte dos peixes e de outras formas de vida marítima.
- Depositadas no aterro de Santiago do Cacém continuam por tratar a céu aberto 300.000 toneladas de lamas oleosas, resíduos industriais perigosos resultantes de 30 anos de produção industrial irresponsável.
Um modelo industrial que garanta trabalho tem que se preocupar com a saúde e qualidade de vida da população,
A irresponsabilidade económica e social desta ordem capitalista que tudo sacrifica, ávida de lucros está na origem da degradação ambiental, dos atentados à saúde pública e das alterações climáticas Insistimos em defender a monitorização de todo o tipo de descargas provocadas pela indústria, bem como a realização de estudos epidemiológicos, de modo a sabermos dos perigos ambientais e dos seus efeitos sobre a saúde pública.
É mau demais que sejam os poluidores a fiscalizar a poluição. Um Observatório do Ambiente em Sines tem de contar com a participação activa de organizações sociais, económicas e ambientais.
Dentro da Europa, Portugal é particularmente vulnerável às alterações do clima. A subida do nível do mar, as ondas de calor e a escassez de água são os fenómenos que mais directamente vão pôr em perigo pessoas, a economia e o ambiente. A agricultura, a floresta e o turismo serão fortemente afectados. A saúde pública e o acesso das populações a bens essenciais estará em risco.