Programa das Jornadas no Baixo Guadiana
15h00 Autocarro entre Vila Real de Santo António e Pomarão
Impactos das barragens sobre o ambiente (Liga para a Protecção da Natureza)
Dificuldades de desenvolvimento sustentável do interior do Algarve (Francisco Morato, Associação Alcance)
16.30 Barco entre Pomarão e Vila Real de Santo António
Impacto das Alterações Climáticas na Bacia Hidrográfica do Guadiana (Luís Ribeiro, Instituto Superior Técnico)
Nova cultura da água
(Carlos Bragança, Universidade do Algarve)
Reutilização de águas residuais (Manuel Costa, Consultor)
Erosão costeira (Alveirinho Dias, Universidade do Algarve)
Intervenções urbanísticas nas margens do Rio
(João Santos, Almargem)
Parque Natural Transfonteiriço (Iñaki Olano, Ecologistas en Acción)
20h Jantar em Vila Real de Santo António (Restaurante Pescador)
22h Comício - Festa
na Praça Marquês de Pombal
Intervenções de João Romão, Cláudio Torres, Alda Macedo e Francisco Louçã
Música portuguesa com Susana Neves e Luís Conceição
Exibição de exposição sobre o Baixo Guadiana preparada pela Almargem e Ecologistas
en Acción
Alterações Climáticas e Recursos Hídricos no Baixo Guadiana
As alterações climáticas ameaçam acelerar a desertificação do território do Baixo Guadiana: o aquecimento global ameaça os recursos hídricos, coloca novas exigências e restrições à sua utilização e exige novas atitudes, comportamentos e modelos de desenvolvimento. Nesta jornada queremos discutir esses impactos e possíveis alternativas de desenvolvimento económico e social para um território habitado por uma população envelhecida e escassa.
O Bloco de Esquerda promove um encontro entre dirigentes e activistas ligados ao ambiente com um conjunto de pessoas e entidades que partilham estas preocupações e têm reflectido sobre estes problemas: associações de defesa do ambiente, agências locais de desenvolvimento e especialistas científicos, que têm vindo a alertar para a importância de uma gestão adequada dos recursos hídricos. O encontro realiza-se num barco, ao longo do Guadiana, entre o Pomarão e Vila Real de Santo António.
O Guadiana marca a fronteira entre dois países que não partilham a sua gestão: ao longo do percurso, poderemos observar diferentes modos de utilização do território nas duas margens do Rio, quer ao nível dos processos de urbanização recentes, quer ao nível da utilização dos recursos hídricos. Também por isso se exige a criação de um Parque Natural Transfonteirço, reivindicado por associações ambientalistas das duas margens do Guadiana.
A voracidade predatória do capitalismo revelou-se no Algarve com a brutal ocupação do seu litoral, que alimentou a especulação imobiliária e a banca. Esgotado o litoral, os patos-bravos voam para as margens do Grande Rio do Sul, cobiçadas para grandes operações urbanísticas e especulativas. O aquecimento global não é a única ameaça ao Baixo Guadiana.