Nota do Secretariado Concelhio de Braga
O Presidente Mesquitaxa Maxado
Quando parecia que já tínhamos visto de tudo na gestão da Câmara
Municipal de Braga, Mesquita Machado veio demonstrar que é sempre capaz
de tirar mais um coelho da cartola e atentar contra os mais elementares
princípios de transparência na gestão autárquica.
Desta feita o presidente da autarquia
engendrou, na sua qualidade de adepto maior do Sporting Clube de Braga,
um extraordinário esquema para aumentar as receitas da agremiação de
que é sócio, e ciclicamente dirigente, o que seria legítimo se não
dependesse da utilização abusiva do património bracarense.
O senhor presidente da Câmara poderá, se
assim o entender, vender os direitos do seu próprio nome, mantendo-se
oficialmente Mesquita Machado, pois claro, mas passando a ser nomeado
na comunicação social com Mesquitaxa Maxado, revertendo os lucros da
operação para o clube de António Salvador e Monsenhor Melo. O que não
pode é vender nem compactuar com a venda do que não lhe pertence.
O Estádio Municipal de Braga não é nem do
Sporting Clube de Braga, nem da Câmara Municipal, nem de Mesquita
Machado: é dos bracarenses, que já por ele muito pagaram e continuam a
pagar, nos empréstimos à banca e na manutenção diária, e só aos
bracarenses compete nomear ou renomear o que é nosso. O novo Estádio
Municipal de Braga, tem um nome único, que é exactamente este. E não há
voltas nem contravoltas de mentes ladinas que nos venham convencer de
que existem nomes oficiais e nomes de facto, como insinua o presidente
da Câmara para distrair os menos avisados.
O Estádio Municipal de Braga, tão citado
pelo Presidente da Câmara como grande atracção para turistas, não pode
ter nome de seguradora, nem estar literalmente forrado de painéis
publicitários, como passou a acontecer.
O Secretariado Concelhio de Braga do Bloco
de Esquerda deliberou encetar as necessárias providências para
averiguar da legalidade da operação de venda dos direitos de
propriedade municipal por um privado, incluindo a conivência
publicamente declarada do Presidente da Câmara.
Braga, 11 de Julho de 2007