Sobre as reuniões com promotores do Manifesto 3D
A pedido dos promotores do Manifesto 3D realizaram-se em Dezembro e Janeiro duas reuniões entre delegações dos promotores daquele manifesto e da Comissão Política do Bloco de Esquerda.
A primeira reunião realizou-se no dia 5 de Dezembro. O Bloco foi então informado sobre os contornos gerais de um apelo público a ser lançado dias depois, com o objetivo de estabelecer uma candidatura convergente da “esquerda situada entre o PS e o PCP” nas próximas eleições europeias, identificando como potenciais protagonistas o Bloco de Esquerda, a Renovação Comunista, o pró-partido Livre e os promotores do Manifesto 3D.
A segunda reunião realizou-se no dia 11 de Janeiro. Os promotores do Manifesto 3D apresentaram duas hipóteses para uma candidatura: a criação de um “partido-envelope” para uma candidatura conjunta, envolvendo-se o Bloco na recolha das 7500 assinaturas necessárias à legalização do novo partido e abdicando de uma candidatura própria. Em alternativa, foi proposta uma coligação entre o Bloco e o partido Livre (se constituído entretanto).
A delegação do Bloco explicou a não aceitação destas propostas e, por sua vez, propôs aos representantes do Manifesto 3D que, fosse qual fosse o seu futuro figurino organizativo (movimento, associação ou partido), se estabelecesse um Acordo Político em torno de uma plataforma programática e de um compromisso de candidatura. Segundo as circunstâncias, esse Acordo poderia resultar numa coligação ou na participação nas listas do Bloco, podendo ainda ser alargada a outros parceiros por acordo mútuo entre Bloco e 3D.
A Comissão Política do Bloco de Esquerda
Nota enviada pela Comissão Política aos membros da Mesa Nacional do Bloco de Esquerda no dia 24 de janeiro de 2014.