O Encontro contou com a intervenção de Francisco Louçã na abertura dos trabalhos, cabendo à deputada Ana Drago a intervenção de encerramento. As intervenções centraram-se no ataque à Escola Pública que tem vindo a ser promovido pelo Governo PSD/CDS, não apenas através do fomento da precarização e do desemprego de professores, mas também com as alterações curriculares ou o aumento do número de alunos por turma. São medidas que vêm aplicar o memorando da troika às escolas, degradando a qualidade do ensino público.

O desemprego atinge hoje os e as docentes como nunca no pós - 25 de abril, e este ano foram mesmo o grupo profissional em que o desemprego mais cresceu. Em relação a 2011, ficaram este ano mais 5771 professores sem colocação. Ao mesmo tempo aumentaram os horários de trabalho, o número de alunos por turma, encerraram escolas, encerraram cursos e ofertas formativas da escola pública, alteraram os currículos, criaram giga-agrupamentos.

O resultado foi o aumento do desemprego, acompanhado de uma enorme ofensiva ideológica que coloca as e os docentes como despesa pública que é necessário cortar. Tal como todos os trabalhadores da administração pública, viram os subsídios serem roubados, os salários diminuídos a lei não ser cumprida (como na recusa de pagamento da compensação por caducidade do contrato).  Muitos professores dos quadros foram atirados para situações de horário zero, antecâmara de mobilidades forçadas e desemprego. Muitos com mais de 30 anos de serviço.

Os participantes fazem um balanço catastrófico deste Governo para a Escola Pública e para todos/as docentes de todo o país. E apelaram à participação na Greve Geral de dia 14 de Novembro para derrotar o Governo da Troika. Outra das conclusões do debate é a da necessidade de intensificar ações de denúncia, informação e mobilização sobre o impacto específico da política de austeridade e a ideologia "cratista" no futuro da educação.