Bloco denuncia despejo iminente de Associação humanitária nas Caldas da Rainha

7 de Dezembro 2010
heitordevoltacasa.jpgFernando Rocha e Heitor de Sousa, deputados à Assembleia Municipal das Caldas da Rainha e à Assembleia da República, respectivamente, visitaram esta segunda-feira a Associação De Volta a Casa, para denunciarem o seu iminente despejo.

Esta Associação com mais de uma década, tem como missão servir refeições gratuitas às pessoas mais carenciadas. Com base na solidariedade voluntária de pequenos comerciantes e vendedores da Praça do Peixe e da Praça da Fruta, bem como de algumas pessoas que cozinham e servem as refeições.

Desde 2003 que a sede cedida pela Câmara Municipal, no centro das Caldas da Rainha, recebe uma média superior a 40 pessoas / dia, servindo um total de 80 refeições diárias, incluindo Fins-de-Semana, Feriados e Férias. Segundo o dirigente da Associação, Joaquim Sá, "muitas pessoas conseguiram encontrar trabalho, constituir família e refazer a sua vida, após o contacto com a De Volta a Casa".
 
Fernando Rocha denunciou a intenção da Vereadora Conceição Pereira em despejar a Associação no dia 1 de Janeiro próximo. Heitor de Sousa, após a visita, não tem "dúvidas acerca da insensibilidade social que esta atitude demonstra, bem como do desprezo pelas carências mais básicas de parte da população caldense". Considerou Fernando Rocha que é "inadmissível que se mantenha a ameaça de despejo", convidando "todas as forças políticas e sociais do concelho a pronunciarem-se no mesmo sentido".
 
Não podendo o trabalho meritório desta Associação ser desvalorizado com alguns pormenores burocráticos que estejam menos certos, até porque a Associação já se prontificou a regularizar essas eventuais questões, esperamos uma mudança de atitude do Executivo, que se comprometa a não se precipitar perante um assunto tão delicado como a fragilidade social a que estas pessoas estão sujeitas.

No final desta semana o Bloco anunciará outras iniciativas que promoverá no sentido de impedir que, por força do Executivo Municipal, cerca de 40 pessoas deixem de ter ajuda Alimentar que lhes permita sobreviver ainda para mais quando o ano que aí vem será mais difícil tendo em conta os cortes nas prestações sociais.