Francisco Louçã criticou o aumento de impostos sobre a população que “vão custar 1 mês de salário”, “as medidas são muito duras até porque desqualificam e desorganizam os serviços públicos”; exemplificou ainda com a privatização da saúde ironizando com o caso do Hospital de Amadora/Sintra retirado ao Grupo Mello por má gestão, o mesmo grupo a quem atribuiu a seguir os hospitais de Vila Franca de Xira e de Braga.
O coordenador da Comissão Política do BE voltou às propostas da requalificação urbana como prioridade de investimento público e explicou o orçamento de base zero.
A mesa, composta também pelos dirigentes Rita Calvário e Francisco Silva, abordou as variadas acções que o BE está a desenvolver no distrito em apoio da greve geral, assunto que motivou também a opinião de Louçã que afirmou que “a greve geral é um momento de dignidade” reforçando a importância da cidadania para “lutar contra a opacidade, defender a intervenção das pessoas e a sua capacidade de influência de que foi exemplo a solidariedade com Timor Leste”.
O debate voltou à economia com as perguntas sobre a possibilidade do Estado obter receitas. A esse propósito Louçã deu dois exemplos: o caso de uma empresa exportadora, registada no offshore da Madeira que apresenta 4 funcionários mas uma exportação de 3 mil milhões de euros devendo pagar – mas não paga – 750 milhões de euros de imposto; contou ainda que há 500 pessoas que não declaram nenhum rendimento mas transferiram milhões de euros para o estrangeiro sem pagar impostos.
A próxima iniciativa com Francisco Louçã no distrito de Lisboa é nos Bombeiros Voluntários de Queluz, sábado, pelas 17h, contando também com a deputada Helena Pinto.