A candidata bloquista à Câmara criticou duramente "a incapacidade de travar a construção que vai enchendo o litoral de condomínios de luxo e a política de mobilidade que tornou o trânsito caótico" e defendeu uma rede de transportes públicos eficaz para o concelho.
Nas políticas de habitação, Rita Calvário apontou o erro da construção de "bairros sociais guetizantes e sem estruturas de apoio" e o preço elevado das casas que tem afastado os jovens do centro do concelho. "Dizem que não há casas devolutas em Cascais, mas basta andar pelas ruas para ver casas fechadas e emparedadas", alertou a candidata, que também destacou a situação no Parque Natural de Sintra-Cascais, onde "continua a estender-se a passadeira vermelha" ao betão.
Tiago Vicente, candidato a deputado municipal, fez o resumo das principais linhas de acção do Bloco no mandato que agora termina, destacando a intervenção acerca da gestão da empresa intermunicipal Tratolixo e os atropelos ambientais no aterro de Trajouce. A defesa do Parque Natural contra a especulação e a melhoria da rede de transportes foram outros dos pontos em que os bloquistas mais se destacaram na oposição ao executivo de António Capucho.
A terminar, Francisco Louçã mostrou-se confiante que "em Cascais, Sintra e Oeiras, o Bloco de Esquerda vai sair no próximo domingo com mais enraizamento, mais representação, mais conhecimento, mais proximidade das pessoas". O deputado bloquista deu exemplos de favorecimento a privados à custa do interesse público, como a entrega da gestão a privados do novo hospital de Cascais, que está ainda em construção, ou a "especulação imobiliária" na Quinta da Marinha e a regulação de preços de portagens pela Brisa. "Procura-se contrapartidas nos submarinos, lá está o Amorim; procura-se aumentos das portagens, lá está a família Mello", referiu Louçã