Na primeira intervenção, Francisco Louçã apresentou duas diferenças essenciais da política do Bloco em relação aos governos de maioria absoluta. A primeira, o Bloco quer "justiça na economia" em oposição aos "negócios" e exemplificou com o caso das 6 auto-estradas em que o Estado pagou mais 689 milhões de euros do que os valores aprovados nos concursos públicos. Francisco Louçã sintetizou dizendo que o Bloco quer "contas claras".
A segunda diferença em relação ao desemprego, Louçã falou da multinacional alemã Ara que fechou as suas instalações em Gaia, lançando 200 pessoas no desemprego, apesar de ter lucros. O coordenador da comissão política do Bloco defendeu então que quem tem lucros não pode despedir, salientando que a grande luta perante a crise actual é por "justiça na economia".
Alberto Fernandes e Ana Paula Marcelino falaram das candidaturas do Bloco à freguesia de Joane e à Câmara de Famalicão, tendo salientado que as candidaturas do Bloco apontam que "é preciso colocar as pessoas em primeiro lugar".
Por fim, Pedro Soares denunciou a grave situação social no distrito de Braga: a subida do desemprego ("a taxa mais alta do país"), a existência de "7.000 famílias que só podem viver com ajuda da segurança social" e de mais de 20.000 pessoas no limiar da pobreza.
O cabeça de lista do Bloco pelo círculo de Braga abordou ainda a grave situação da saúde no distrito, salientando que dos 15.000 doentes à espera de uma cirurgia, mais de metade estão nessa situação há mais de 7 meses e considerou-a inaceitável. A propósito, questionou "para que servem benefícios fiscais para quem precisa de uma cirurgia e não tem?" e concluiu afirmando que é necessário que o Serviço Nacional de Saúde seja apoiado para responder às necessidades da população.