Carlos Sá, Sérgio Gonçalves e Cláudia Reis, membros desta associação de utentes sediada em Braga, consideram que esta opção vai "prejudicar os comboios urbanos, pois nos horários em que o TGV passar mais nenhum passa, como já acontece com o Alfa Pendular".

Os representantes daquela associação prevêem que "ninguém vai utilizar um comboio caríssimo para não ganhar nenhum tempo de viagem pois a actual linha, sobretudo entre Nine e Braga, é tão sinuosa que não é possível ganhar tempo aos actuais 40 minutos que já está a demorar o Alfa Pendular".

Carlos Sá criticou também outro "erro grosseiro" do Governo que se prende com a opção de pôr o comboio de alta velocidade a passar na Ponte de S. João, no Porto, por onde passam actualmente 120 comboios por dia e defendem o seu alargamento para que a passagem do TGV não prejudique os comboios urbanos.

Sobre a tantas vezes falada e reivindicada ligação ferroviária entre Braga e Guimarães os elementos desta associação consideram que "a desculpa das dificuldades técnicas não tem hoje nenhum sentido porque se optar por contornar a montanha pelo Sul, é apenas necessário construir um pequeno túnel".

Carlos Sá apresenta outro argumento de peso para essa ligação se fazer pelo Sul: "Como a nova estação do TGV ficará situada em Aveleda, que já fica a Sul, é muito mais fácil fazer a ligação a Guimarães".

Esta associação de utentes denuncia ainda o facto do Governo argumentar que o estudo que foi encomendado considerar que a linha não é viável economicamente, mas lembram que "ainda ninguém viu esse estudo, nunca nos foi mostrado, para suspeitarem desse argumento.

Com a ligação ferroviária entre Braga e Guimarães, seria possível ligar por comboio as cidades do Quadrilátero Urbano, uma ligação que esta associação considera "essencial para a Região e para "potenciar a linha de alta velocidade".

Francisco Louçã, Helena Pinto e Pedro Soares escutaram atentamente as preocupações dos representantes daquela associação de utentes e elogiaram não só o trabalho que têm vindo a desenvolver como a qualidade técnica das suas posições. E mostraram-se disponíveis para, na Assembleia da República, continuarem a ser porta-vozes das preocupações daquela associação.