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quinta-feira, 20 agosto 2009 03:07

“Quem vive do seu trabalho não pode perder mais”

Centenas de pessoas no comício do Bloco. Foto de Paulete MatosEm mais um participado comício de rua do Bloco de Esquerda, Cecília Honório - cabeça de lista no círculo do Algarve - perante o crescimento galopante do desemprego, sublinhou: "quem só pode viver do seu trabalho já não pode perder mais", e para isso "quem vive à custa da exploração do trabalho dos outros, já não pode ganhar mais". Em Portimão, intervieram também os candidatos do Bloco à autarquia local - João Vasconcelos e Luísa Gonzalez - e ainda os dirigentes nacionais Rita Calvário e Francisco Louçã. Vê a fotogaleria

Em Frente à "Casa Inglesa", no centro de Portimão, mais de duzentas pessoas assistiram ao comício do Bloco de Esquerda, confirmando a simpática receptividade que tem pautado estes encontros que tiveram início no mês de Julho.

Depois de defender os que "só podem viver do seu trabalho" e de criticar os privilégios dos que "vivem do trabalho dos outros", Cecília Honório lembrou que na região do Algarve a subida do desemprego foi a maior de todo o país, atingindo o dobro de há um ano: "17.500 pessoas sem trabalho". "E a verdade é que o absolutismo da maioria PS não permitiu que muitas destas pessoas fossem apoiadas, ao chumbar as propostas do Bloco" frisou Cecília Honório.

A candidata do Bloco acrescentou que foi esta mesma maioria absoluta que impediu também a existência de um modelo justo de avaliação dos professores. "Sem serviços públicos de qualidade não há democracia e escavamos o atraso. O que o PS fez na Educação é o contrário do que o Bloco defende com unhas e dentes: uma escola pública inclusiva e de qualidade", precisou a candidata.

Se o PS de Sócrates já mostrou que não é alternativa para resolver os problemas das pessoas, também "Manuela Ferreira Leite não é alternativa porque já esteve no poder e foi péssima ministra" e agora "até tem um programa que não existe", esclareceu Cecília Honório, que de seguida concluiu: "o Bloco é a alternativa para garantir justiça na economia".

Portimão e o Algarve atacados pelos especuladores e patos bravos

A abrir o comício, Luísa Gonzalez, candidata do Bloco à Assembleia Municipal de Portimão, sublinhou a necessidade da "mudança e da participação cívica" e de "políticos ao serviço das pessoas e não ao serviço deles próprios". A candidata denunciou também as "grandes negociatas de Portimão", quase sempre protagonizadas pelo "triângulo fatal" composto por "políticos, empresários do futebol e empresários da construção civil".

A responsabilidade por esta situação é também de "33 anos de poder autárquico sem interrupções do PS em Portimão, em muitos casos como se fosse uma ditadura" acrescentou João Vasconcelos que interveio de seguida. O candidato do Bloco à Câmara Municipal da cidade denunciou o "clientelismo e o compadrio" promovidos pela autarquia, exemplificando com a criação de dez empresas municipais e sociedades anónimas. "É o interesse privado que se sobrepõe ao bem público", acusou Vasconcelos.

O candidato do Bloco denunciou também o desordenamento do território em Portimão e assumiu a necessidade de preservar a Ria de Alvor - um importante habitat ecológico - contra os interesses da especulação, referindo-se em particular ao "negócio" de Joe Berardo na Quinta da Rocha. "São 500 hectares junto à Ria de Alvor que Berardo comprou por 500 mil euros e seis anos depois, com a alteração na classificação dos solos, vendeu por 15 milhões de euros".

Estas intervenções deram o mote para as palavras de Rita Calvário, candidata do Bloco no distrito de Lisboa e assessora do Partido para as questões ambientais, que denunciou o "saque e a devastação do território Algarvio com que os patos bravos da construção enriquecem à custa das belezas naturais da região".

Rita Calvário esclareceu que a maior parte destes atentados ambientais são classificados como "Projectos de Interesse Nacional - PINs", um expediente legal que permite construir "em cima de praias, de arribas, de reservas ecológicas e agrícolas, de territórios da Rede Natura, etc." E precisou que "já há cerca de 100 PINs", destacando um dos mais recentes, o "Projecto Palmares" que "prevê centenas de camas entre a Praia e a Ria de Alvor", com "campos de golfe", que "desperdiçam água, um bem tão precioso".

A saúde não pode ser um negócio

O último a intervir foi Francisco Louçã, que voltou a sublinhar o protesto do Bloco de Esquerda contra a privatização da linha "Saúde 24". "A razão pela qual este serviço - tão importante para as pessoas - perde um terço das chamadas telefónicas, é porque foi entregue a uma empresa privada que só se guia pelos lucros e que precariza os enfermeiros e profissionais, apostando em poucos trabalhadores, com pouco dinheiro" acusou Louçã.

Francisco Louçã lembrou ainda que quando o contrato com a empresa que gere a linha Sáude 24 terminou em Junho, o Bloco "disse à Ministra para que não o renovasse e para que o serviço fosse gerido pelo Estado" mas ela "fez o contrário".

"A Saúde não pode ser um negócio, estamos a ser governados pela irresponsabilidade", denunciou Louçã, que lembrou também o caso dos juristas da Autoridade para as Condições de Trabalho que "estão há seis anos a trabalhar no mesmo local em regime de recibos verdes", isto no organismo que "é responsável pela correcta aplicação da lei laboral". O que só mostra que "o Estado é o primeiro a falhar", concluiu Louçã.

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