quarta-feira, 05 agosto 2009 21:42

Programa eleitoral do Bloco publicado em livro

O Bloco de Esquerda é o primeiro partido a publicar em livro o seu programa eleitoral. "O que quer o Bloco? - 51 ideias para mudar Portugal" é o título do livro, já disponível nas livrarias Bertrand. O lançamento foi esta quarta-feira no Chiado, e contou com as intervenções de Rui Tavares e Francisco Louçã. Vê as fotos do lançamento.


O programa do Bloco foi elaborado tendo em conta muitas sugestões e contributos enviados pelos muitos cidadãos que quiseram participar através da Internet. A versão final já está disponível aqui há mais de um mês e já conta com largas dezenas de milhares de downloads. A novidade é que, pela primeira vez em Portugal, o programa pode agora ser também adquirido nas livrarias, "para os amantes do livro, que não desprezam esse objecto de cultura e que gostam de folhear com prazer", sublinhou Francisco Louçã, durante a apresentação na livraria Bertrand do Chiado, em Lisboa.

Antes de Louçã, Rui Tavares - historiador, colunista e deputado europeu pelo Bloco de Esquerda - saudou a iniciativa do Bloco, e frisou que o programa do Bloco representa uma alternativa política no modo de enfrentar a crise económica, ao contrário dos "interesses de uma elite preguiçosa e inútil e que é responsável pelo atraso e a desigualdade".

Para o historiador, o problema do país não é cultural, nem administrativo, nem de gestão, nem tecnológico, mas sim político, resumindo-se a uma pergunta fundamental: "Deve o Estado ou o Governo ser bábá dos poderosos ou estar ao lado das pessoas comuns?". E concluiu: "O Bloco é a força da mudança e deve ser um projecto grande e aberto, tolerante e congregador de ideias, ou seja, deve cumprir o papel histórico da esquerda e ser uma coligação das pessoas comuns contra o poder das elites".

Louçã critica "programa secreto" do PS

Francisco Louçã, que prefaceia o livro, lembrou que até agora ao programa do Bloco apenas se opõe o do "Partido do Governo", dado que mais nenhum partido apresentou as suas ideias, naquilo que classificou de "buraco negro do debate eleitoral".

Sublinhou que o programa do Bloco é feito em nome de uma maioria, com respostas políticas que devem governar o país contra a minoria desastrosa que tem estado à frente das decisões e contra o poder financeiro que lucra milhões por dia em tempo de crise. Em contraponto, o "programa do PS protege os grandes interesses". E aqui Louçã desferiu a principal crítica: "Um dos problemas do programa do PS é que tem uma parte que é secreta, ou seja, que não está no programa mas está nas decisões, principalmente quanto à forma como o Estado é gerido" E exemplificou: "O governo entregou a grupos privados - Mello e Espírito Santo - a gestão de três hospitais públicos até 2040, confirmando a sua política de protecção dos grandes grupos monopolistas".

A Segurança Social é outra das áreas onde se vinca a diferença entre o Bloco e o PS. "O PS defende a actual reforma da Segurança Social, ou seja, o aumento da idade da aposentação e a redução substancial das pensões. Ao contrário, nós defendemos a solidariedade inter-geracional para reformas dignas". Louçã voltou a destacar a proposta do Bloco de reforma sem penalização ao fim de 40 anos de descontos e explicou como se financia um sistema de segurança social ao serviço das pessoas. "Estas propostas têm custos. Por isso defendemos um imposto adicional de 2% sobre as grandes fortunas, que só por si daria para aumentar em 50 euros as pensões baixas de 150 mil pessoas".

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