À segunda foi de vez: a primeira tentativa fora cancelada devido à ameaça de chuva, mas desta vez a praça encheu-se de gente que queria ouvir a palavra do Bloco. Luís Louro dedicou a sua intervenção à denúncia do desinvestimento que o governo tem feito no Serviço Nacional de Saúde, em prol da oferta de negócios aos grupos privados, apelidadas de "parecerias público-privadas". O Bloco, explicou Luís Louro, defende a "rescisão de todas estas parcerias".
Ao mesmo tempo, prosseguiu, defende a recentragem do SNS, desenvolvendo,entre outros aspectos, as redes de saúde locais, em parceria com as autarquias, reabrindo SAPs e centros de saúde recentemente fechados.
O Bloco de Esquerda tem a ambição de ser a terceira força política no distrito, e fá-lo-á "com uma política de verdade, ao lado dos trabalhadores, dos estudantes, dos jovens."
Por seu lado, Francisco Louçã ironizou um recente discurso de Manuela Ferreira Leite em defesa dos ricos - "deixem lá os ricos em paz", disse ela, para afirmar que a preocupação do Bloco de Esquerda é com as pessoas que começaram a trabalhar aos 11 anos e por isso são penalizadas, porque só se podem aposentar aos 54 anos de trabalho se quiserem a pensão sem penalizações (65 anos de idade). Louçã defendeu a proposta do Bloco, que quer que todos tenham o direito de se reformar ao fim de 40 anos de descontos, sem penalizações.