A apresentação da lista de candidatura (aceda à listagem em pdf) foi feita por Sandra Cunha, autarca na Assembleia de Freguesia da Quinta do Conde (Sesimbra) e quinta candidata às eleições legislativas.
Fernando Sequeira, membro da Comissão de Trabalhadores da Autoeuropa e quarto candidato, começou por salientar que o preocupa em particular os direitos do trabalho, criticando o modelo de baixos salários em que o actual e anteriores governos têm apostado. Sequeira considerou que "o novo Código de Trabalho se devia chamar código do desemprego".
Jorge Costa, terceiro candidato, salientou que os resultados das eleições europeias provaram que o "centrão", "o rotativismo ao centro", perdeu credibilidade em Portugal. Por isso, iremos "ouvir o canto de sereia do voto útil" alertou Costa, apelando ao confronto político apresentando as propostas do Bloco e sublinhando a importância da experiência de luta social do Bloco no distrito.
Mariana Aiveca, actual deputada e de novo segunda candidata, "prestou contas" em nome dos deputados eleitos pelo distrito, destacando que o Bloco não teme compromissos, que os assumiu, ouvindo os eleitores e intervindo no Parlamento. Mariana Aiveca falou de várias empresas onde os deputados intervieram em defesa dos direitos dos trabalhadores e destacou diversas lutas em que se empenharam, como o combate à especulação imobiliária e a defesa da qualidade de vida e dos direitos ambientais. Mariana Aiveca terminou, destacando que "Portugal está pior do que há quatro anos", devido à política do governo Sócrates.
Fernando Rosas, de novo cabeça de lista do Bloco no distrito de Setúbal, começou por questionar porque é que Vieira da Silva é o cabeça de lista do PS no distrito, dizendo que ou o PS não sabe o que as pessoas pensam da política que aplicou como ministro do Trabalho, ou então trata-se de uma "provocação política ao distrito", salientando que "Vieira da Silva é o emblema do que a política do governo teve de pior".
Rosas lembrou a promessa não cumprida de criação de 150 mil novos postos de trabalho e a realidade do aumento do desemprego e apelou a que Vieira da Silva vá explicar aos trabalhadores do Arsenal de Alfeite, porque centenas deles vão para a mobilidade especial.
Fernando Rosas lembrou ainda que Vieira da Silva, como ministro, se tornou um defensor do Código de Trabalho de Bagão Félix, rasgando o que tinha proposto, como deputado da oposição. Recordou ainda que Vieira da Silva obrigou a bancada parlamentar do PS a votar contra as propostas que o PS tinha apresentado na oposição em relação ao Código de Trabalho e que o Bloco reapresentou. E concluiu: "Vieira da Silva é o símbolo da mentira e da falta à palavra dada".
Por fim, interveio Francisco Louçã começando por sublinhar que o Bloco de Esquerda representa uma força política em crescimento no distrito. Louçã falou depois da prestação de contas do trabalho dos dois deputados eleitos no distrito (Fernando Rosas e Mariana Aiveca), que "participaram com grande relevo na vida política do parlamento e que estiveram presentes na luta social do distrito".
Louçã disse que o Bloco quer ter mais força na representação de uma força socialista e popular no distrito, salientando que o Bloco é uma esquerda nova capaz de combater as políticas da desigualdade.
Louçã falou ainda dos jogos mesquinhos do Partido Socialista, "que oferece lugares de Estado, que trafica influências e oferece lugares a troco de algum apoio" e concluiu que esta política de traficâncias mostra desespero. Leia Louçã: "Traficâncias de Sócrates mostram desespero"