Referindo-se ao balanço da governação do PS, Miguel Portas referiu que em Portugal, 40% dos trabalhadores ganham até 600 euros. "Mas toda a gente sabe que os preços em Portugal são ao nível dos europeus. Para quando os portugueses terão também salários europeus?", questionou, afirmando que o que separa o Bloco de Esquerda do PS é precisamente o socialismo, que, no caso do partido de Sócrates, "foi deixado na gaveta".
Francisco Louçã disse, na intervenção seguinte, que está a surgir uma esquerda nova em Portugal, "uma esquerda grande" e com "gente diferente", e que é isso que está a "assustar" o primeiro-ministro.
"Está a surgir a partir de baixo, a partir das raízes, a partir das razões da esquerda, a partir da força destes homens e mulheres, está a surgir uma esquerda grande, uma esquerda de gente diferente, com ideias diferentes", sublinhou.
Antes, Marisa Matias acusara o Estado português de ser o maior empregador de trabalho precário do país, e de o porta-voz do próprio PS ser pago pelas empresas de trabalho precário. Defendeu em seguida a criação de um Pacto pelo Emprego a nível europeu.
Falou ainda Pedro Soares, da distrital do Bloco de Aveiro, que avisou que no comício do Bloco fala-se de política, e não de tricas, como fazem os partidos do "bloco central"..