"Na geração dos pais, também não era fácil conseguir emprego, mas quando se conseguia, passava-se algum tempo à experiência, e depois ficava-se efectivo. Hoje, os jovens ficam anos a recibos verdes, ou em sucessivos contratos a prazo, e quando chega a altura de serem contratados são despedidos, para começarem o processo todo outra vez", explicou Miguel Portas, apontando que os jovens de hoje vivem em condições que remetem aos finais do século XIX. "A história também anda para trás". pelos
O candidato bloquista lembrou ainda que Portugal voltou a ser um país em que saem mais portugueses para emigrar do que entram estrangeiros. "Estão a repetir-se as condições dos anos 60, mas naquela altura havia a guerra colonial, de que muitos jovens fugiam."
Para resolver a crise, defendeu o eurodeputado, é preciso que haja justiça na economia, é preciso que a crise não seja paga pelos desempregados e pelo povo, é preciso pôr a pagar a crise quem nunca a pagou.
"Esta não é a opção da dra. Manuela Ferreira Leite, que fala em congelar os salários da Função Pública", recordou Miguel Portas. "Quando ela fala em funcionários públicos, refere-se a todos os trabalhadores", acrescentou, para concluir: "o PSD quer que sejam os mesmos de sempre a pagar pela crise".