terça-feira, 12 maio 2009 18:22

Miguel Portas denuncia os "malefícios do poder absoluto"

Miguel Portas e João Semedo em Vouzela. Foto Paulete Matos

Em visita ao Centro de Saúde de Vouzela, no distrito de Viseu, Miguel Portas, cabeça de lista às eleições europeias pelo Bloco de Esquerda, deu um exemplo daaquela região para mostrar o que considerou serem os malefícios do "poder absoluto": para chefiar os três Agrupamentos de Centros de Saúde recentemente constituídos no distrito, foram nomeados três "boys" do PS.

  

Miguel Portas explicou que o Bloco de Esquerda vê com bons olhos a reforma que deu origem aos agrupamentos, pela racionalização de recursos que significa, mas insistiu que há uma contradição entre esta racionalização e no topo se fazerem nomeações por critérios exclusivamente políticos. "A partidarização é evidente", disse o candidato bloquista.

Acompanhando Miguel Portas, o deputado e médico João Semedo explicou que os três Agrupamentos de Centros de Saúde (ACES) tiveram nomeados directores-executivos do PS, sendo que um é vereador em Carregal do Sal e outro candidato do PS à Câmara de S. Pedro do Sul.

"É o critério de Elisa Ferreira, que disse recentemente que o Estado é o PS", ironizou Miguel Portas.

O eurodeputado aproveitou para saudar a greve dos enfermeiros, a terceira do ano, e elogiou as condições do Centro de Saúde de Vouzela, que acabara de visitar, onde todos os utentes têm médico de família, destacando o trabalho dos seus profissionais. "No interior do país, há um equilíbrio muito maior entre a oferta e a procura na área da saúde do que nos grandes centros urbanos", observou Miguel Portas.

Respondendo a uma pergunta sobre a gripe-A, Miguel Portas lamentou que a investigação científica na Europa na área da saúde se tenha transformado num negócio. "É preciso inverter. A investigação deve servir as necessidades humanas e não os lucros das multinacionais", defendeu.

"Vale a pena explicar este paradoxo enorme", sublinhou o eurodeputado bloquista, questionando "como é que foi tão rápida a resposta, através da coordenação entre a Comissão Europeia e a segunda e a quarta multinacional do Mundo, para acelerar os processos de investigação para a vacina da Gripe A".

Miguel Portas lembrou que "ainda hoje pandemias como a malária ou o dengue não têm as soluções e, no entanto, matam muitíssimo mais". "São é pandemias do Sul do planeta e não pandemias do Norte do planeta, onde o poder de compra e o negócio são de facto as determinantes dos cuidados de saúde", lamentou.

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