Pensar o Bloco, encontrar-lhe um caminho para que se reforce e prossiga, refletir sobre o momento trágico que vivemos, encontrar propostas para um combate eficaz à vandalização neoliberal, tentar ultrapassar velhos métodos e edificar novos processos de funcionamento, superar correntes e libertar amarras, foram as razões, a nosso ver mais que suficientes, que estiveram na base da apresentação da moção B.
Este combate não começou só agora.
Durante o último ano e meio foram apresentadas listas alternativas às da direção em vários concelhos e distritos do país.
Aí nos encontrámos e partilhámos inquietações e perspetivas.
Foi um começo de encontro.
Encontrámo-nos na preocupação comum com a perda de influência do BE na sociedade portuguesa; na preocupação com a política sincrética que a direção vem transparecendo no último ano e meio; na inquietação com a falta de democracia interna que tem por fim assegurar a perpetuação de situações que supostamente se queriam ultrapassadas.
Estamos determinados em contribuir para a construção de um partido mais plural, mais democrático, mais participativo e mais credível.
Estamos, sobretudo, determinados em concorrer para a construção de um Bloco mais atuante e interventivo na realidade portuguesa, um Bloco próximo de cada um e cada uma, um Bloco sensível que ouça o bater de coração dos que eternamente pagam todas as crises.
E, finalmente, um Bloco em que ninguém se sinta estrangeiro dentro do seu próprio partido.