A destruição de 10 hectares de áreas de sapal da Ria de Alvor, denunciada pelos vigilantes da natureza em Março de 2006 foi motivo para a instauração de um embargo e um processo de contra-ordenação por violação da Rede Natura e REN. Mas a empresa Butwell, registada num off-shore e propriedade da Imoholding de Aprígio Santos, o presidente do clube de futebol Naval 1º de Maio, tem feito arrastar o processo na justiça sem respeitar os embargos.
Desta feita, os ambientalistas da Associação A Rocha acusam os proprietários da Quinta da Rocha de estarem a destruir quatro espécies de plantas que provam a existência de dois habitats protegidos pela Uniãõ Europeia. Aquela associação diz que as obras removeram a camada superior do solo em áreas onde existe a "Linaria algarviana", uma espécie de planta protegida. Também a "juncus acutus", uma espécie vegetal que sinliza a presença do habitat Prados salgados mediterrânicos, reconhecido pelas directivas comunitárias, está a ser destruída e os responsáveis da associação acrescentam que a situação «sugere uma intencionalidade informada com o objectivo de negar cientificamente da existência do referido habitat»
No comunicado à imprensa, a concelhia do Bloco exige que o proprietário da Quinta da Rocha reponha tudo o que foi destruído, e que os inquéritos cheguem a conclusões rapidamente. Para já, o Bloco fará a proposta de nova tomada de posição da Assembleia Municipal, um pedido de explicações ao executivo camarário de Portimão e que a comissão de acompanhamento dos assuntos do ambiente da Assembleia Municipal reúna de imedidato para analisar estas obras. O Bloco/Portimão solicitou igualmente ao grupo parlamentar do Bloco na Assembleia da República que intervenha sobre esta matéria.
segunda-feira, 03 setembro 2007 17:53
Bloco/Portimão exige punição para poluidores da Ria de Alvor
