"A Área Metropolitana de Lisboa é híbrida: não se sabe o que é, não se sabe para que serve e não se lhe adivinha qualquer futuro"
Foram estas as palavras que Carlos Humberto de Carvalho (CDU), presidente da Junta Metropolitana, proferiu para justificar as "Pequenas" Opções do Plano e Orçamento para 2007 da AML, na sessão da Assembleia Metropolitana de 28 de Dezembro.
Mesmo assim, apesar de um orçamento e plano irrisórios, nulos de prioridades, estratégia e objectivos o documento foi aprovado com os votos favoráveis do PS, CDU, PSD e IOMAF e com os votos contra do BE (4).
Mais um ano passado e a Grande Área Metropolitana de Lisboa continua a ter como principais actividades a edição de 3 publicações (3 revistas e 1 BD), a realização de 5 acções de formação e 6 conferências e a promoção da Meia Maratona de Portugal, destacando-se como as grandes novidades para 2007 a Unidade Metropolitana de Compras Electrónicas e a aquisição de uma nova sede - havendo, para isto "tudo" €2.521.465.
O voto negativo do Bloco de Esquerda prende-se, ainda, com o facto deste documento não dar resposta àquela que deveria ser a maior preocupação política da AML: a eleição directa dos órgãos metropolitanos e a definição de um quadro de competências alargado.
Estando há muito anunciada pelo Governo esta mudança na democracia, cabe, na opinião do Bloco de Esquerda, aos actuais órgãos metropolitanos empenharem-se na clarificação do futuro da Grande Área Metropolitana de Lisboa, numa atitude pró-activa e definidora de um papel participativo nas políticas, estratégias e acções para esta região - intenção que esta Junta não demonstra.
Lisboa, 5 de Janeiro de 2007
O Grupo Metropolitano do Bloco de Esquerda