segunda-feira, 09 janeiro 2017 11:55

Mesa Nacional anula adesão de grupo infiltrado

A Mesa Nacional do Bloco de Esquerda aprovou este domingo o relatório da Comissão de Inquérito à adesão coletiva da organização Socialismo Revolucionário.

O inquérito interno foi aberto na sequência de um conjunto de adesões e pedidos de adesão provenientes de uma organização política que, externamente ao Bloco de Esquerda e sem qualquer contacto com os órgãos legítimos do partido, decidiu infiltrá-lo.

A organização Socialismo Revolucionário apresenta-se como a secção portuguesa do "Comité para uma Internacional dos Trabalhadores" (CIT). De acordo com o site oficial do SR, “o CIT é um partido marxista internacional”. O SR publica a revista A Centelha e mantém uma página oficial na internet (socialismohoje.wordpress.com). De acordo com as declarações dos filiados, o “CIT promove que os seus membros filiados façam trabalho junto das organizações e partidos de esquerda e, dependendo do contexto, integrá-los”.

Nas teses do Congresso de 2013, o CIT escreveu que a sua secção portuguesa tenta “construir pontes com os melhores ativistas do Bloco de Esquerda, criticando a direção de sua liderança. A forma como se desenvolve o Bloco de Esquerda no próximo período é uma questão em aberto, com o seu desempenho desastroso nas eleições locais de Setembro, uma lembrança das consequências da mudança da liderança para a direita em direção à social-democracia. Exigimos táticas flexíveis que podem significar a procura de oportunidades noutros locais, incluindo uma orientação para o PC português, que, apesar de muitas das características burocráticas que retira do seu passado stalinista, é um dos poucos partidos tradicionais de trabalhadores de massa que ainda existem na Europa.”

Numa declaração de junho passado, o Comité Executivo do SR anunciou no seu site a sua integração no Bloco de Esquerda e, em dezembro, enviou à Mesa Nacional um pedido de formalização da tendência interna Socialismo Revolucionário.

A Mesa Nacional aprovou por maioria o relatório da Comissão de Inquérito. A anulação das adesões e a não-ratificação dos novos pedidos de adesão, num total de seis, foi decidida por voto secreto com 47 votos a favor, 24 contra e 4 abstenções. Esta decisão resulta da verificação de fraude ao princípio legal e estatutário da adesão individual. Não são abrangidos pela decisão três dos aderentes visados pelo inquérito, que integraram o SR quando já eram aderentes do Bloco de Esquerda.

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