sexta-feira, 22 julho 2016 00:32

Declaração dos membros da moção R na Comissão Política

bandeiras.jpgEstá disponível aqui a declaração dos membros da Comissão Política do Bloco eleitos/as pela moção R.

 


Declaração dxs membrxs da Comissão Política eleitxs pela Moção R


O processo da X Convenção do Bloco de Esquerda resultou na eleição de dois membros da moção R para a Comissão Política. Esta participação será assegurada, em regime de rotatividade, na boa velha tradição bloquista, por 4 pessoas. Este número não resulta de uma escolha nossa mas de uma imposição da maioria do BE de limitar bastante a possibilidade de substituições contrariando o que se passou no mandato passado. Assim, duas pessoas desempregadas, uma trabalhadora precária e um efectivo em processo de formação procurarão, na medida do possível, participar de um órgão que se tornou um corpo profissionalizado de dirigentes.

Partimos para esta tarefa com a consciência de que a direcção do Bloco de Esquerda se tem fechado em si mesma tornando o BE um partido cada vez mais verticalizado, tomando decisões centrais fora das estruturas do Partido (assim foi o famoso desafio a António Costa, assim foi a decisão de relançar a questão de um referendo europeu – às sanções ou ao Tratado Orçamental consoante o momento), privilegiando as decisões negociadas alhures entre as duas tendências maioritárias às construídas colectivamente através dos contributos do conjunto das sensibilidades políticas em presença na direcção, num processo de sectarização crescente face a propostas que sejam apresentadas do lado de fora do circuito fechado destes acordos.

A Mesa Nacional, a direcção máxima do partido entre Convenções não tem decidido que não venha já fechado através do acordo entre essas duas correntes maioritárias e esta maioria abafa qualquer contributo que não venha das suas fileiras. Aliás, tais acordos nem se traduzem sequer numa direcção política coesa, que distribua trabalho e decida em conjunto, uma vez que há uma guerra de posições em surdina entre essas duas tendências. Para além disto, o novo “organigrama” do partido abre espaço para que a direcção real quotidiana do partido se venha a concentrar agora nas mãos de um Secretariado que é constituído por pessoas de apenas uma das moções. A introdução na Convenção da figura de uma “coordenadora do Bloco”, figura sem precedentes na história do Partido, uma vez que anteriormente tinham existido apenas “coordenadores da Comissão Política”, sem qualquer cobertura estatutária e sem qualquer discussão sobre as suas funções e relação com o princípio fundador do Bloco de que o trabalho de direcção é essencialmente um esforço colectivo, constitui um exemplo acabado da personificação da política sem qualquer efeito benéfico para a construção de um partido que se dizia até algum tempo atrás um partido-movimento.


Por tudo isto, xs eleitxs da moção R na Comissão Política comprometem-se a:

- trabalhar lealmente para o crescimento e afirmação do Bloco de Esquerda e dos movimentos anti-austeridade;

- manter-se fiéis aos compromissos assumidos na moção de orientação por si subscrita;

- apresentar propostas construtivas e exequíveis no sentido do aprofundamento da democracia interna, do prosseguimento de uma política anticapitalista e do fortalecimento de laços com os movimentos sociais.


Do mesmo modo, xs eleitxs da moção R na Comissão Política informam que:


- votarão contra qualquer proposta que chegue através de discussão fechada, fruto das negociações entre as tendências maioritárias e não nasça da discussão colectiva natural de uma direcção política;

- votarão contra qualquer proposta que seja avançada publicamente pela “coordenadora nacional” sem que tenha sido previamente discutida nas estruturas do BE;

- votarão contra qualquer proposta que envolva questões de orientação política que seja decidida pelo secretariado e não na Comissão Política;

- apresentarão propostas alternativas na Mesa Nacional a todas as que forem apresentadas sem serem discutidas e votadas pela Comissão Política.


Subscrevem esta declaração: Bela Irina Castro, Carlos Carujo, Catarina Príncipe e Samuel Cardoso.

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