Comunicado sobre a definição da estratégia de participação do Bloco de Esquerda nas próximas eleições europeias
O Bloco de Esquerda nasce da vontade e da capacidade para juntar forças, com origens diversas, em torno de causas comuns. Ao longo dos anos, o Bloco tem dado testemunho do empenho no diálogo com vários sectores da esquerda, tanto em momentos eleitorais concretos como na sua atividade política diária. A vontade de olhar para lá das fronteiras do partido inscreveu-se no património genético do Bloco de Esquerda.
O Bloco participou aliás, de modo sincero e empenhado no Congresso Democrático das Alternativas, onde foram desenhadas importantes análises e alternativas à política de austeridade e de destruição do estado social, sendo que dele partiram iniciativas de carácter e âmbito diverso, nomeadamente o Manifesto 3D, apelando publicamente à formação de um amplo movimento político capaz de promover e construir uma candidatura às próximas eleições europeias.
Há, por outro lado, na opinião pública à esquerda um forte e legítimo desejo de unidade e uma forte expetativa quanto à capacidade de forças e setores de esquerda se entenderem, congregando vontades e esforços.
Neste sentido, o quadro criado pela disputa eleitoral que se avizinha poderá ser uma boa oportunidade para concretizar convergências à esquerda, relançando a esperança e a capacidade de luta, tão necessárias quanto urgentes.
Por tudo isto, os signatários deste comunicado, perante declarações de alguns dirigentes que vão no sentido de contrariar as oportunidades de unidade existentes e a ausência de debate sobre as mesmas, exortam a coordenação do Bloco de Esquerda a assumir a responsabilidade de desencadear, com a maior brevidade e amplitude possíveis – e em tempo útil – o necessário processo de auscultação interna sobre a estratégia a seguir nas próximas eleições europeias, permitindo nomeadamente que os aderentes se pronunciem sobre os diferentes cenários em perspectiva.
Do nosso ponto de vista faz todo o sentido que o Bloco de Esquerda se empenhe num esforço de convergência à esquerda, colocando claramente na ordem do dia a necessidade de pôr fim à austeridade e de renegociar a dívida, a recusa do sufoco de novos resgates e memorandos, independentemente da forma de que se possam revestir, o combate às injustiças na distribuição dos rendimentos e a defesa dos serviços públicos, do Estado Social e da dignificação do trabalho.
Adelino Fortunato
Albérico Afonso
Alice Brito
Álvaro Carvalho
Amália Espiridião de Oliveira
André Filipe Antunes
Armando Herculano
Bernardino Aranda
Carlos Cabrita
Carlos Gaivoto
Cecília Maria Calado Costa
Daniel Baptista
Diogo Martins
Francisco Colaço
Gui Castro Felga
Helena Carmo
Helena Figueiredo
Henrique Guerreiro
Joaquim Mealha Costa
Joaquim Viana
João Madeira
Jorge Mendes
José Franco
José Manuel Boavida
José Nunes
Luís Pereira
Luísa Gonzalez
Manuela Barreto Nunes
Margarida Santos
Maria Emília Costa
Maria Jorgete Teixeira
Maria José Espinheira
Maria José Vitorino
Mariana Maia
Mi Felga
Miguel Sampaio
Nuno Teles
Nuno Serra
Paula da Costa
Paula Rosa
Paulo Teixeira de Sousa
Pedro Junqueira Lopes
Pedro Reis
Ricardo Gonçalves
Rogério Miranda
Rosa Félix
Rosário Vaz
Rui Alberto
Rui Curado Silva
Sara Goulart
Teodósio Alcobia
Vítor Sarmento