O GRUPO+60 contra a redução da TSU dos patrões
O aumento do SMN não pode ser feito à nossa custa!
O BE tem tido como uma das prioridades reivindicativas a subida do Salário Mínimo Nacional (SMN), tendo garantido uma atualização faseada que já assegurou os 557 euros em janeiro de 2017 e os 600 euros até 2019. O Bloco congratula-se com este avanço, mas criticou o acordo assinado na Concertação Social entre o governo, o patronato e a UGT. Chamando-lhe medida transitória, o governo concordou que a TSU dos patrões descesse 1,25%. Este era o presente mais ansiado pelo patronato: ir buscar aos impostos o que é responsabilidade do patronato pagar! O Grupo+60 do BE considera que esta atitude do governo não prenuncia nada de bom.
Submetendo-se à pressão do patronato, o governo optou por uma aliança contra os trabalhadores. Não encontramos outra expressão. O governo prepara-se para aliviar, com os nossos impostos, o aumento do salário mínimo que deveria ser da exclusiva responsabilidade do patronato e dos empresários abrindo um caminho perigosíssimo de delapidação da Segurança Social, rompendo compromissos sociais históricos. Que o governo não venha brandir o papão da frágil sustentabilidade da Segurança Social. Aposentados e pensionistas, testemunham com preocupação a fraca convicção governativa face ao patronato, contribuindo para a descapitalização da Segurança Social. Quando é tão difícil encontrar uns euros para aumentar as pensões mais baixas, não há desculpa para a oferta de bandeja de 40 milhões de euros aos patrões! A luta contra o empobrecimento, por mão do governo PS, sofreu um rude golpe. Que se desiludam aqueles que propagam que o acordo BE/PS está cumprido. A própria dinâmica da vida de todos e todas nós, as contradições que continuamente afloram, encarregam-se de mostrar que o acordo não está esgotado, que a nossa atenção não pode esmorecer e que a luta contra a austeridade e o empobrecimento continuarão enquanto a questão da dívida não for resolvida. O Grupo+60 reafirma a sua disponibilidade para a luta ao lado dos aposentados e pensionistas, pela dignidade e pela justiça social.
O Secretariado do Grupo+60
Lisboa, 6 de Janeiro de 2017