Casas degradadas na Zona Velha: Bloco pede soluções à Câmara e ao Governo
Numa iniciativa realizada ontem na Rua de Santa Maria, Carlos Pereira, deputado do BE na Assembleia Municipal do Funchal, afirmou que há alguns anos as obras de recuperação de prédios que não ofereciam condições de segurança decorriam a bom ritmo. No entanto, actualmente «esse ritmo abrandou».
O Bloco de Esquerda questiona os motivos que levaram ao abrandamento das obras de recuperação na Zona Velha.
Segundo o dirigente do BE, existe ainda uma grande quantidade de prédios degradados que «põem a vida das pessoas em perigo». Para demonstrar esta realidade, os dirigentes do Bloco de Esquerda visitaram o n.º 35 da Rua de Santa Maria, onde a falta de condições de habitabilidade é mais do que evidente.
«Não oferece o mínimo de condições para que as pessoas possam viver em segurança», afirmou Carlos Pereira.
O dirigente "bloquista" sublinha que no interior da moradia existem grandes fendas, estando a própria estrutura do edifício em «estado debilitado». As paredes estão «podres e no período de intempéries há grandes infiltrações de águas».
Por vezes, salientou Carlos Pereira, «é um mar de água dentro das casas», o que acarreta enormes prejuízos em tudo o que se encontra dentro da moradia e põe em risco a segurança dos seus habitantes.
No caso do n.º 35, referiu o dirigente do BE, os moradores já alertaram a Câmara Municipal do Funchal e a empresa Investimentos Habitacionais para a situação mas não obtiveram qualquer resposta.
Além da falta de segurança, não existe privacidade, uma vez que os filhos dormem na mesma divisão que os pais.
O Bloco de Esquerda lembrou que há alguns anos o partido denunciou uma situação semelhante numa moradia vizinha. Na semana seguinte, um incêndio destruiu a moradia e matou três dos seus habitantes.
Nesse sentido, alerta as autoridades competentes para que se evite uma outra infelicidade do género.
Data: 24-06-2006