A notícia do abrandamento do crescimento económico no primeiro trimestre do ano levou o Bloco de Esquerda a desafiar o governo para um aumento intercalar de salários e pensões. Luís Fazenda diz que "esta é a maior queda da zona euro" e a diferença entre a inflação no Orçamento e as previsões corrigidas exigem uma “revisão intercalar dos salários da função pública e as pensões do regime geral da segurança social”.

 

O Governo previa para 2008 um crescimento económico de 2,2 por cento, enquanto as previsões do FMI são de 1,3 por cento e as da Comissão Europeia apontam para uma aceleração de 1,7 por cento.

No primeiro trimestre de 2008, a economia portuguesa registou uma variação negativa de 0,2% face aos últimos 3 meses de 2007. E o ministro das Finanças anunciou a revisão em baixa da previsão do crescimento de 2,2 para 1,5%.

“O Governo não pode manter-se olimpicamente como se nada estivesse a acontecer”, disse Luís Fazenda, chamando a atenção para a diferença entre a inflação de referência (2,1%) no orçamento de Estado para este ano e as previsões (2,5% ou 2,6%).