
“O governo sente que hoje só há oposição à esquerda. E o nervosismo do primeiro-ministro é inteiramente justificado. Há uma fortíssima oposição social a começar pelas vozes PS a quem o primeiro-ministro pede silêncio cúmplice e a quem o BE estende a mão”, afirmou Louçã em conferência de imprensa na passada segunda-feira. E desafiou os socialistas que “querem que o governo cumpra a promessa de aprovar um princípio de integração dos trabalhadores precários” a lutarem por “alternativas à esquerda que possam desafiar a maioria absoluta” de José Sócrates em 2009.
O aumento de 3% na taxa contributiva paga pela entidade patronal dos trabalhadores com contrato a prazo, uma das alterações propostas pelo governo ao Código do Trabalho, é classificada de "ligeira punição" que não irá ter impacto no número de contratos a prazo, na opinião do dirigente do Bloco.
Já a proposta de Sócrates para introduzir o pagamento pela entidade patronal de 5% da contribuição para a segurança social do trabalhador independente irá ter o efeito oposto ao pretendido. Diz Louçã que esta medida avançasse, em vez de se acabar com os falsos recibos verdes, teríamos "uma taxa liberatória que permitiria que a precariedade se generalize”.