
Ao contrário do que tinha sido afirmado pelo ministro das Obras Públicas, quando questionado pelo Bloco no último debate com o primeiro-ministro, a CP vai mesmo deixar de oferecer uma creche para os filhos dos seus funcionários. A medida foi confirmada ontem, pelo vice-presidente da CP, numa visita efectuada pelos deputados Francisco Louçã e Helena Pinto ao infantário da empresa no Entroncamento.
Pretendendo cortar nas despesas com este serviço social, a CP entregará as 3 creches que actualmente gere a uma IPSS. A poucos meses do período de inscrição para o novo ano, os pais continuam sem conhecer o aumento de preço que terão que suportar a partir de Setembro. Em contrapartida, a CP garante que vai garantir um subsídio, entre 55 a 85 euros, a todos os seus funcionários com crianças. Um valor que, como lembraram os pais que receberam os deputados do Bloco, está longe de cobrir as despesas do mais barato dos infantários.
“Não é justo que, para oferecer um novo apoio social à generalidade dos trabalhadores, se tenha que tirar o pouco que estes 100 pais sempre tiveram”, afirmou Francisco Louçã. O coordenador da Comissão Politica do Bloco lembrou ainda a contradição entre as intenções desta empresa pública e o anúncio de construção de novas creches e apoios fiscais às empresas que construam novos infantários. Os deputados do Bloco reiteraram o empenho do partido em tentar encontrar uma solução política para esta situação.