
É necessário um “ensino público onde haja muito mais estudantes do que os poucos que conseguem chegar, para depois pagar uma propina elevadíssima ao final de três anos”, acrescentou Francisco Louçã que classificou de “gigantesca fraude” estas consequências resultantes do processo de Bolonha.
Falando na Universidade de Aveiro, que já admitiu a sua passagem a Fundação, Louçã disse que a transformação das Universidades em Fundações resulta da pressão empresarialista e de interesses particulares, que vêm a Universidade não como um pólo de desenvolvimento de conhecimento e de investigação, mas sim como uma forma de enriquecer à custa de algo que deveria ser público e universal: o acesso à Educação.
O Bloco rejeita o modelo e estatuto de Fundação porque a existência de um conselho de curadores nomeado vai fazer com que uns tantos empresários se entendam entre eles, com o objectivo de controlar e explorar economicamente as Universidades. “Eu não quero uma Universidade Américo Amorim em Aveiro”, disse Francisco Louçã.